SHAVUOT (5780)- Estudo para 08 de maio de 2020 – 14 de Iyar de 5780

I. Introdução – Festa que marca a entrega dos Dez Mandamentos (Torá) por D’us a Moisés e ao povo de Israel ainda no deserto do Sinai, após a saída da escravidão no Egito. De acordo com a tradição judaica, a outorga das leis sagradas aconteceu no ano de 2448 no calendário hebraico, ou por volta do ano 1300 A.E.C. (antes da Era Comum). Em hebraico, Shavuot significa “semanas” e remete à contagem das sete semanas que separam o Êxodo do Egito da entrega dos Dez Mandamentos. Em Pessach (Páscoa), os judeus saíram da escravidão e em Shavuot receberam seu código de leis.

A festa de Shavuot também é conhecida por outros dois nomes: Hag Habikurim (Festa dos Primeiros Frutos) e Hag Hakatzir (Festa da Colheita). Esses nomes remontam ao período em que o Templo de Jerusalém ainda existia. Na época de Shavuot, os agricultores levavam ao Templo Sagrado uma oferenda do primeiro trigo, cevada, uvas, figos, romãs, azeitonas e tâmaras que cresciam no campo, como forma de agradecimento a D’us. Era também nessa época do ano que o trigo, o último dos grãos a ficar pronto para ser cortado, era colhido. Por isso, juntamente com Pessach e Sucot, a festa de Shavuot era um dos três grandes períodos de peregrinação ao Templo de Jerusalém (Shloshet ha Regalim). [1]

II. O que é Shavuot?
Shavuot é o dia da entrega da Torá. É o segundo dos três maiores Dias Festivos (Pêssach é o primeiro e Sucot é o terceiro). A palavra Shavuot significa “semanas”, e nos lembra das sete semanas entre Pêssach e Shavuot (o período do ômer), durante o qual o povo judeu preparou-se para a entrega da Torá. Durante este tempo, o povo judeu deixou de ser um povo de escravos,e se tornou uma nação sagrada, pronta para receber a aliança com Deus.

Nomes adicionais – Shavuot é também chamada de Atsêret, que significa a Conjunção, porque juntamente com Pêssach, completa uma unidade. Ganhamos nossa liberdade em Pêssach, mas só recebemos a Torá em Shavuot. Outro nome para Shavuot é Yom Habicurim, ou o Dia dos Primeiros Frutos. Como forma de agradecimento a D’us, começando em Shavuot, cada fazendeiro na terra de Israel levava ao Templo Sagrado uma oferenda do primeiro trigo, cevada, uvas, figos, romãs, azeitonas e tâmaras que cresciam no campo. Shavuot é também chamado Chag Hacatsir, a Festa da Colheita, porque o trigo, o último dos grãos a ficar pronto para ser cortado, era colhido nesta época do ano.

Como comemorar:
Estudando na noite de Shavuot – Na primeira noite de Shavuot os judeus de todo o mundo cumprem o costume milenar de dedicar toda uma noite ao estudo de Torá. A tradição judaica relata que D’us apareceu no Monte Sinai ao nascer do dia para pronunciar os Dez Mandamentos, mas o povo não se levantou cedo. Foi necessário que D’us os despertasse. Para concertar esta falha, os homens permanecem acordados na primeira noite de Shavuot recitando passagens da Torá.

Fazer uma refeição rica em laticínios – A partir da entrega da Torá, passou a valer a obrigação de cumprir as leis da Cashrut. Como a Torá foi entregue no Shabat, nenhum animal podia ser abatido e nem os utensílios podiam ser casherizados, portanto neste dia come-se laticínios. Outro motivo é que a Torá é comparada ao leite. A palavra hebraica para leite é “chalav”. Quando o valor numérico de cada uma das letras da palavra chalav são somadas (8+30+2), chega-se ao total de quarenta. Quarenta é o número de dias que Moshê passou no Monte Sinai, recebendo a Torá diretamente de D’us.

O Livro de Ruth – Em muitas sinagogas lê-se o Livro de Ruth no segundo dia de Shavuot. Há vários motivos para este costume:
A – Shavuot é a data de nascimento e yahrzeit (dia de falecimento) do Rei David, e o Livro de Ruth registra sua ancestralidade. Ruth e seu marido Boaz foram os bisavós do Rei David.
B – As cenas de colheita, descritas no Livro de Ruth, são apropriadas ao Festival da Colheita.
C – Ruth foi uma convertida sincera que abraçou o judaísmo de todo o coração. Em Shavuot, todos os judeus foram como convertidos, tendo aceitado a Torá e todos seus preceitos.
Chag sameach ! Chazak Ve’Alê [2]

III. SHAVUOT, O PROPÓSITO DA CRIAÇÃO – “O propósito da Criação é fazer com que Israel aceite e cumpra os preceitos da Torá” (Rashi; comentário sobre Bereshit 1:1). Os cabalistas, mestres do misticismo judaico, ensinam que antes da Criação do universo, a Luz de D’us Infinito, Or Ein Sof, preenchia toda a realidade. Quando D’us decidiu criar o mundo, Ele retraiu a Sua Luz Infinita de um determinado ponto, criando um “vácuo”, e cedendo espaço para a Sua Criação. Dentro desse espaço, Ele criou o mundo, que são receptáculos designados para receber a Luz Divina. Mas o universo não conseguiu resistir à intensidade da emissão de Luz Divina, e então se estilhaçou. Todo o recém-criado universo entrou num estado de caos, onde a luz e a escuridão poderiam então coexistir. A Cabalá explica que o nosso mundo é fruto dos receptáculos estilhaçados, e que o propósito de toda a existência é elevar o mundo para que ele possa finalmente conter a Luz Divina. Os cabalistas chamam esse conceito de tikkun olam – “o conserto do mundo”.

O fundamento da religião judaica é, portanto, a conscientização de que o mundo foi criado com propósito. O Eterno D’us criou o mundo para que este resplandeça em sua Luz Infinita, mas só ao ser humano foi dada a missão de possibilitar isso.

O Midrash – livro de profundo misticismo disfarçado em histórias alegóricas – explica que o Todo-Poderoso criou um universo físico porque desejava ter uma Morada aqui em nossa realidade terrena. Isto significa que D’us deseja ser encontrado no mundo físico que Ele criou e, desta forma, permeá-lo com a Revelação de Sua Bondade Infinita. Mas, para que isto possa ocorrer, o homem, através de suas boas ações, precisa fazer do mundo um receptáculo apropriado para a Luz Divina. Esta é a explicação, dentre o conhecimento humano, para explicar a razão e o propósito de toda a Criação.

O recebimento da Torá – A festividade de Shavuot, que é comemorada durante dois dias, começa no sexto dia do mês de Sivan do calendário hebraico. Ocorre 50 dias após o primeiro dia de Pessach, que marca o êxodo do povo judeu do Egito. Shavuot comemora a primeira e única vez em que o Criador e Mestre do Universo Se revelou abertamente diante de um povo. A libertação dos judeus do Egito e todos os seus surpreendentes milagres e salvações foram meros prelúdios que levaram a esse evento de significado infinitamente maior.

A Torá relata que a Revelação de D’us diante do povo judeu foi um evento dramático e estremecedor, anunciado por uma nuvem de fumaça, relâmpagos, trovões e toques de shofar (Êxodo, 19:16). Como D’us é um Ser puramente espiritual, o povo judeu não pôde vê-Lo, mas apenas ouvir Sua voz enquanto anunciava os Dez Mandamentos. Mas a Revelação foi tão avassaladora que logo a seguir o povo disse a seu líder Moisés: “Fala-nos tu e te ouviremos; porém não fale D’us conosco que morreremos” (Êxodo, 20:19). E assim D’us chamou Moisés para que subisse o Monte Sinai, onde Ele lhe ensinaria toda a Lei Oral. Falava D’us a Moisés face a face, como “um homem que fala a um amigo” (Êxodo, 33:11), e por isso ele pôde entender todas as explicações sobre a Torá, bem como todos os seus segredos místicos.

D’us também transmitiu a Moisés a Torá Escrita – um livro que Ele próprio havia escrito. Não foi um produto da inspiração ou profecia Divina em Moisés; D’us ditou-lhe cada uma das letras e Moisés apenas serviu de escriba. E esse Livro da Torá foi, posteriormente, dividido em cinco unidades: Bereshit (Gênese), Shemot (Êxodo), Vayikrá (Levítico), Bamidbar (Números) e Devarim (Deuteronômio).

Durante os 40 anos que se seguiram, em sua jornada à Terra Prometida, Moisés ensinou a Torá de D’us ao povo judeu. Porém, Moisés não teve permissão de adentrar a terra que D’us prometera ao povo judeu; ele morreria antes de realizá-lo. E assim, antes de sua morte, Moisés escreveu treze pergaminhos da Torá. A Torá que temos hoje – quer em sua forma Escrita quer na Oral – originou-se do Monte Sinai e foi transmitida de geração a geração. Constitui toda a religião judaica. Mas, mais do que isso, dizem nossos sábios, constitui a base de todo o mundo. Pois, como nos ensina o Talmud, quando D’us ofereceu a Torá ao povo judeu, a existência de todo o universo estava em jogo. Não tivessem os judeus aceito a Torá, o mundo inteiro teria deixado de existir (Tratado Shabat, 88a). Mas, qual é o propósito da Torá, para que toda a existência estivesse baseada nela? E por que constituía o principal produto de uma única Revelação Divina?

A Parábola do Ancião – Antes de começarmos a entender o significado supremo da Torá, temos que definir, primeiro, aquilo que este Livro Sagrado não é. A Torá não é um livro de histórias sobre a tradição e a cultura judaica. Como afirma o Zohar, o livro que é a base do misticismo judaico, “tende piedade daquele que pensa que a Torá apenas nos relata histórias e assuntos banais. Se assim fosse, nós também poderíamos, ainda hoje, compor uma Torá que abordasse questões ordinárias, e a faríamos até melhor!”. É certo que o Todo-Poderoso não entregaria a Moisés uma obra de Sua Autoria – letra por letra – para que servisse apenas para contar a antiga história judaica.

Contrariamente ao que se pensa, o propósito fundamental da Torá não é incutir a disciplina e a moralidade no mundo. A obrigação de ser justo não é exclusividade do povo judeu. O fato de a Torá ter servido, posteriormente, de base para o humanismo, a moralidade, a justiça e a bondade para grande parte da humanidade foi a conseqüência e, não, a causa da sua outorga. De fato, os princípios básicos de justiça e de conduta humana adequada foram transmitidos por D’us ao homem antes do recebimento da Torá. No alvorecer da Criação, D’us deu a Adão, o primeiro ser humano, seis regras às quais aderir. Mais tarde, após o Dilúvio, Ele atribuiu mais uma a Noé. Estas sete regras são conhecidas como as Leis de Noé e se aplicam, até hoje, aos homens.

O rabino Adin Steinsaltz escreve que a importância dos Dez Mandamentos não é tanto o seu conteúdo, mas a sua Origem. Tanto os Mandamentos quanto todos os preceitos da Torá foram promulgados por D’us e é isto o que lhes confere força e significado. Os códigos de outros povos e mesmo as leis de Noé nunca foram abertamente declaradas por D’us diante de todo um povo. Outros códigos de Leis, originados ou transmitidos unicamente por seres humanos – mesmo se forem semelhantes aos mandamentos da Torá – estão sujeitos a mudanças. Mas as leis explicitamente promulgadas pelo Criador e Senhor do Universo são absolutas. Como a Fonte que as origina é Infinita, Imutável e Perfeita, também o são Suas leis. Nenhum ser humano pode mudá-las nem tampouco delas se livrar. Mas a outorga da Torá teve um significado ainda maior: foi um ato de Cima para baixo, cruzou a distância infinita entre D’us e o mundo que Ele criou. Pois está escrito: “Eis que o Senhor, nosso D’us, nos fez ver a Sua glória e a Sua grandeza, e ouvimos a Sua voz no meio do fogo; eis que hoje vimos que D’us fala com o homem e este continua vivo”. (Deuteronômio, 5: 24).

O Midrash nos conta que quando D’us criou o mundo, Ele decretou que. ..”os Céus pertencem ao Senhor, mas a terra, deu-a Ele aos filhos dos homens” (Salmos, 115: 16). Mas ao dar a Torá a Israel, Ele permitiu que a espiritualidade Divina descesse aos domínios inferiores e que estes ascendessem ao Reino dos Céus. Pois está escrito: “O Senhor desceu para o cume do Monte Sinai; convocou Moisés para o topo do monte, e Moisés subiu” (Êxodo, 19:20).

Como D’us é Infinito e inteiramente espiritual, este verso da Torá não deve ser entendido literalmente. Significa que D’us permitiu que Sua Divindade descesse e inundasse o que é terreno, ao passo que permitiu que seres humanos ascendessem espiritualmente. Mas, como pôde isto ser realizado por intermédio de um livro de estatutos e relatos, mesmo sendo de Autoria Divina?

A resposta é que a Torá é a própria sabedoria e ciência do Eterno D’us. Ela é chamada de “A Parábola do Ancião”. O Ancião é, obviamente, O Santificado, Abençoado seja Aquele que precedeu a criação. A Torá é a Sua Parábola por ser uma alegoria de conceitos espirituais mais elevados. O Rebe de Lubavitch ensinou que cada uma das leis e histórias da Torá – mesmo as mais mundanas – são parábolas acerca das mais profundas realidades espirituais. E, como os simples mortais não podiam compreender nem se relacionar com um D’us Infinito, a Torá foi dada para servir como o meio físico para fazer chegar até nós a sabedoria e a vontade do Criador. O Zohar afirma a respeito: “A Torá é recoberta de vestimentas que se relacionam com este mundo, senão, de outra forma, o mundo não teria como a receber e absorver”. É, portanto, o elo entre os mundos espirituais e nossa existência terrena.

Dois notáveis exemplos de mandamentos físicos com grande valor espiritual são os da circuncisão e do uso dos tefilin. Um dos livros muito profundos da Cabalá afirma: “O homem está vinculado à Mãe de Israel (D’us) através de dois símbolos, os tefilin e o Pacto de Abrahão, isto é, a circuncisão” (Tikunei Zohar, 7a). Através de um mandamento físico marcado na carne de cada judeu do sexo masculino e, através dos tefilin, que são objetos físicos, nós nos conectamos com a Fonte Única de Espiritualidade e Santidade. As mulheres judias também têm mandamentos físicos de infinita importância espiritual. Dentre eles está o acendimento das velas de Shabat e das Festividades Judaicas, e também a imersão no mikve. Há uma obra hassídica que explica: “D’us deseja que usemos os tefilin. Portanto, ao fazê-lo, somos envolvidos por Seu desejo. E isto se aplica, igualmente, a todos os outros mandamentos”. (Likutei Moharan, 34:4).

A razão de ser dos Mandamentos – Podemos, agora, melhor entender a conexão entre a criação do mundo e a Torá. O propósito todo da Torá – de seus 613 mandamentos – é servir como uma ponte física entre o homem e o Infinito. É o meio de Tikun Olam – de se consertar os receptáculos quebrados para que o mundo físico possa ser permeado com a Infinita Luz Divina. O Midrash nos explica que, em sua Onisciência, D’us outorgou a Torá ao povo judeu por saber que somente este povo aceitaria seus severos mandamentos. Tornaram-se, assim, os judeus, o Povo Escolhido, a “Luz entre as nações”, pois que sua missão é cumprir o propósito Divino no ato da Criação: construir para Ele uma Morada neste mundo terreno, para poder receber Sua Infinita Bondade. É por este motivo que toda a existência dependia da aceitação, pelos judeus, da Torá. Pois se nenhuma nação se sujeitasse a executar os desígnios Divinos com a Criação, o mundo, então, não teria outra razão de ser. Assim sendo, em Shavuot, o dia da outorga da Torá, celebramos toda a razão de ser da existência.

Freqüentemente se tem perguntado por que o judaísmo deposita uma ênfase quase obsessiva nos rituais. Por que há tantas ações físicas ordenadas pela Torá? Por que não se limita a religião judaica à fé, à oração e à meditação? A razão para tal é que o judaísmo, originado através da Revelação Divina, iniciou-se quando D’us revestiu Sua Infinita Sabedoria e Vontade num Livro, decretando que Ele poderia, também, ser encontrado na terra. Pois está escrito: “Pois este mandamento que, hoje, te ordeno… não é muito difícil nem está longe de ti. Não está nos céus para que digas: ‘Quem poderá ascender aos céus, por nós, que o traga até nós, e que nos faça ouvi-lo; para que o cumpramos?’ Pois esta palavra está muito perto de ti, na tua boca e no teu coração, para a cumprires” (Deuteronômio, 30:11-14). Com a outorga da Torá, o propósito da Criação poderia começar a ser cumprido: o propósito de revelar um D’us Infinito e Transcendental dentro deste nosso mundo físico. E é por isso que encontramos D’us em todos os lugares e em todos os momentos.

Encontramo-Lo no couro de que são feitos os tefilin que enrolamos em nossos braços e colocamos sobre nossas testas. Encontramo-Lo nos donativos que fazemos a causas nobres. Encontramo-Lo nos sons penetrantes do Shofar, em uma taça do vinho de Kidush, em um pedaço de matzá, na luz santificada das velas de Shabat. Encontramo-Lo na noite do Seder de Pessach, quando nossos filhos fazem as quatro perguntas e passam a relatar que seus antepassados – uma nação de escravos no Egito – foram milagrosamente libertados do mais poderoso ditador do mundo de então. E, acima de tudo, nós O encontramos em Sua Parábola, que é transmitida com tinta preta sobre pergaminho branco. E é por isso que D’us nos ordena que O Sirvamos com alegria (Deuteronômio, 28:47). Pois que através de cada um dos mandamentos físicos da Torá, conectamo-nos com a Fonte Única de Vida e Bondade. Nossos sábios afirmam, portanto, que O Santificado Abençoado seja, quis premiar o povo judeu, dando-lhes, por este motivo, a Torá e seus mandamentos (Talmud, Makot 3: 16).

No primeiro dia da Criação, disse D’us: “Haja luz; e houve luz” (Gênese, 1:3). Mas o mundo não estava preparado para absorver a intensidade de tão Infinita Luz. Por isso, O Santo Bendito Seja ocultou tal Luz em Sua Torá. Quando a estudamos e praticamos, conseguimos revelar essa Luz. O rabi Yosef Yitzhak Schneerson, o sexto Lubavitcher Rebe, não se cansava de repetir que é desnecessária a tentativa de afastar a escuridão. Basta trazermos a Luz e isto fará desaparecer as trevas. Portanto, D’us exilou Seu povo para que através de seu Divino serviço pudessem iluminar o mundo inteiro.

Por intermédio do povo judeu, a Torá irá consertar os receptáculos quebrados, retificando, deste modo, o estado inicial do caos e eliminando todas as formas de escuridão – o sofrimento, o conflito, a ignorância, a doença e por fim a morte. O desvendar da Luz Infinita irá então anunciar a nova era – aquela na qual todos os povos apenas conhecerão a vida, a paz, a plenitude e a alegria. O mundo irá finalmente ser a Morada para o Divino, “porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem os mares” (Isaías 11:9). E quando o povo judeu completar a sua missão, trazendo com ela a redenção universal, serão todos levados de volta à Terra que D’us lhes prometeu. E assim, todo o propósito da Criação terá finalmente se realizado, e…”Nunca mais se porá o teu sol, nem a tua lua minguará, porque o Senhor será tua Luz perpétua, e os dias do teu luto findarão. Todos os do teu povo serão justos, e a terra para sempre herdarão” (Isaías, 60:20-21). [3]

Fontes: [1] https://www.conib.org.br/glossario/shavuot/ [2] Chazit Hanoar São Paulo, maio, 2013: https://www.facebook.com/chazitsp/photos/o-que-%C3%A9-shavuotshavuot-%C3%A9-o-dia-da-entrega-da-tor%C3%A1-%C3%A9-o-segundo-dos-tr%C3%AAs-maiores-d/463017693775705/ [3] Morasha, Edição 32 – Abril de 2001: http://www.morasha.com.br/shavout/shavuot-o-proposito-da-criacao.html
Coordenador: Saul Stuart Gefter 14 de Iyar de 5780 – 08 de maio de 2020

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