CRIPTO-JUDAISMO (PARTE 2, 5778) – Estudo de 04 de Maio de 2018 – 19 de Iyar de 5778

I. Introdução – Costumes e rituais únicos de cripto-judeus revelam raízes judaicas – Conquistas ao longo da história judaica foram substanciais e notáveis em todos os relatos. Judeus são consistentemente incluídos em números desproporcionais entre os grandes personagens da história nos ramos da ciência, invenção, educação, política, direito, medicina, artes visuais, indústria, filosofia, negócios e finanças. Estes incluem figuras como Albert Einstein, Sigmund Freud, Karl Marx, Salk Jonas, Albert Sabin, Spinoza Baruch, Marc Chagall, Irving Berlin, George Gershwin, Leonard Bernstein, Steven Spielberg, Arthur Miller, Herman Wouk, Philip Roth, Houdini, citando apenas alguns poucos.

Mais de 20% de todos os premiados do prêmio Nobel até hoje foram judeus. Então, quantos judeus você acha que existem em todo o mundo? Em 2010 tinha um total de 13,4 milhões de judeus no mundo inteiro. Para a maioria da pessoas, este número parece assustadoramente baixo, uma vez que representa menos de 1/4 de 1% do total da população no mundo, 6 bilhões. No entanto, o fato de que há mais de 13 milhões de judeus no mundo de hoje é uma conquista incrível. Ao longo da história, antiga e moderna, os judeus foram repetidamente perseguidos pelas Cruzadas, Inquisições, “Pogroms”, anti-semitismo e assassinatos em massa, todos os quais contribuíram para diminuir o número de judeus, mas nunca conseguiram acabar com a religião. Assim como, num recente período, entre os anos 1933-1945, o regime nazista da Alemanha cometeu o genocídio sistemático de 6 milhões de judeus europeus, eliminando assim 50% da população judaica mundial em um terrível Holocausto.

Quem é considerado judeu? De acordo com a lei judaica, apenas uma criança nascida de uma mãe judia ou um adulto que se converteu ao judaísmo é considerado um judeu. Como princípio, a religião judaica proíbe a conversão de não-judeus ao judaísmo, e só quem realmente provar que tem capacidade de se “amarrar” a fé judaica, será aceito ao judaísmo. Você nunca ouviu falar de uma cruzada judaica, porque nunca existiu uma ou nunca poderia haver um fenômeno desses, e qualquer “missionário judeu” deve ser visto com desconfiança, pois não são verdadeiros representantes da fé judaica.

Assim, com exatas definições sobre quem é judeu, e sem conversões em massa de populações de diferentes etnias, como os judeus se mantiveram por mais de 5.000 anos, sujeitos a escravidão, a perseguição, ao assassino em massa e a hostilidade de quase todas as religiões que tentaram viver entre eles? E como eles conseguiram fazê-lo sem mesmo ter um próprio país antes do renascimento do Estado de Israel em 1948? Como é que o Judaísmo sobreviveu e como os judeus sobreviveram?

Fundamentos da fé e tradição judaicas – A resposta deste mistério que muitos têm tentado decifrar e que tem sido objeto de muitas discussões ao longo dos anos requer uma certa compreensão sobre a religião judaica. Como a resposta, obviamente, não tem nada a ver com características peculiares físicas ou mentais do povo judeu, a explicação está relacionada a este indiscutível fato: ser judeu significa pertencer a uma cultura onde estão fortemente entrelaçadas a religião, a tradição e a herança. Através das provações e dificuldades, os judeus continuaram a manter seus rituais de fé intactos, juntamente com seus livros sagrados, seus feriados religiosos, seu calendário, seus nomes judeus, seus valores, sua herança, e seu desejo pela Terra Santa e seu Templo.

A vida judaica permaneceu basicamente a mesma através das épocas e migrações, com os mesmos rituais e tradições da vida diária, apesar das diferentes sociedades e distintas línguas. Os judeus foram dispersos na diáspora e, portanto, podem ser encontrados hoje em todos os continentes e em quase todo os países do mundo, mas embora possam ter estabelecido comunidades em países diferentes, eles ainda estão profundamente ligados às suas raízes.

Contrariamente a outras religiões, o judaísmo não tem dogma (doutrina), ou nenhum conjunto de crenças formais obrigatórias que se devem manter para ser um judeu. No judaísmo, as ações são muito mais importantes do que as crenças, embora haja certamente um importante lugar para a crença dentro do judaísmo. Na verdade, quando o espanhol Maimônides elaborou seus 13 princípios básicos da fé judaica no século XII, mesmo estes estavam sujeitos a controvérsia e debate entre os rabinos. A cultura judaica não é apenas teórica ou acadêmica, ela se dá mais atenção às ações do que ao rigor das crenças ; tem as “Mitzvot” ou “Mandamentos” ditados pela Torá (os 5 primeiros livros da Bíblia) e pelo Talmud (a interpretação oral da Bíblia), abrangendo todas as áreas da vida, a pessoal, a familiar e a comunitária. Estas regras sobre o que “fazer” e o que “não fazer” incluem tudo, desde a oração que se reza para comer, e até mesmo como se barbear de manhã.

Hoje em dia, grande parte desses mandamentos não podem ser seguidos, até mesmo pelos judeus mais ortodoxos mesmo depois da destruição do Segundo Templo, embora eles ainda tenham um importante significado religioso. Mesmo para os judeus não-tradicionais que compõem a maioria dos judeus modernos, estas leis ainda determinam o seu modo de vida. Os ensinamentos transmitidos através das gerações determinam assuntos relacionados tanto a nascimentos como a mortes, a casamentos como a divórcios, bem como as festas religiosas que são festejadas e os códigos morais que são respeitados.

Agora, com estes fatos, podemos começar a compreender e apreciar a incrível história dos cripto-judeus (marranos).

Costumes dos Cripto-judeus – A Inquisição espanhola foi incansável em seus esforços em perseguir e exterminar qualquer resquício da prática judaica entre os cripto-judeus, a fim de formar um Estado puramente cristão. Os oficiais da Inquisição analisavam, frequentemente, os recém-convertidos para verificar se eles tinham circuncidado seus recém-nascidos. Eles enviaram espiões para descobrir se eles se reuniam aos sábados para rezar, o sábado judaico, ou se eles estavam celebrando feriados judaicos, como Páscoa ou Yom Kippur.

Eles muitas vezes forçavam os judeus suspeitos a comer carne de porco em público como uma forma de provar se eles eram ou não verdadeiros “Conversos”. Assim, os cripto-judeus, que não estavam dispostos a abandonar a sua fé baseada em valores, rituais e tradições, reagiram de uma forma ainda mais secreta , o que significou que todo o processo de prática religiosa teve que ser transformado. Isto incluiu orações, feriados, escrituras e costumes.

Os feriados religiosos se modificaram durante a Inquisição espanhola. O feriado judaico mais sagrado é o Yom Kippur. Durante este feriado, os judeus jejuam por 24 horas, enquanto eles pedem perdão a Deus. Em vez de rezar durante todo o dia, os cripto-judeus rezariam somente por algumas horas. E para esconder o fato de que eles estavam em jejum, eles colocavam um palito na boca, a fim de enganar os cristãos quando eles saíam às ruas.

O feriado judaico da Páscoa também foi conservado de uma maneira diferente. Normalmente, o feriado começa com dois “Seders” (refeições) durante os quais é contada a história da fuga dos judeus do Egito, depois de décadas de escravidão. Os cripto-judeus podiam fortemente se identificar com esta história de libertação, já que eles também se sentiam escravizados pelos inquisidores. Depois dos Seders é proibido comer pão fermentado durante 1 semana. Os cripto-judeus começaram sem a leitura da história da Páscoa. Durante esta semana de observação, muitos cripto-judeus decidiram jejuar, porque eles tinham se acostumado a jejuar durante feriados judaicos.

Como os médicos judeus costumavam prescrever “matzo” (pão ázimo) aos cristãos com problemas digestivos, durante a semana da Páscoa, os judeus, muitas vezes, se queixaram de dores no estômago para justificar o uso da “matzá”. Hoje na América Latina, algumas famílias comem pão sem fermento durante a Quaresma, que cai na mesma época da Páscoa.

A tradição judaica de um Bar Mitzvah (a cerimônia que se celebra aos meninos judeus quando atingem a idade de 13 anos, a partir da qual eles são considerados responsáveis por seus atos morais e religiosos) foi substituída para manter suas identidades ocultas. Na idade de treze anos, a criança foi levada de lado e foi contada a verdade sobre sua religião e as Leis de Moisés. Eles não podiam guardar livros judaicos ou materiais religiosos e, portanto, tudo tinha que ser memorizado e transmitido oralmente. Este fato, obviamente, causou um declínio no conhecimento religioso através de cada geração. Os marranos tinham que professar sua lealdade à Igreja Católica, que muitas vezes se envolveram com as tarefas da igreja para ajudar a ocultar suas verdadeiras identidades, e isso resultou em uma grande mistura de costumes judaicos e cristãos.

Um aspecto interessante da vida cripto-judaica foi o papel das mulheres. As mulheres se tornaram líderes espirituais. Mulheres que tinham um bom conhecimento e uma familiaridade com as rezas judaicas conduziam os serviços de oração para confundir os inquisidores, uma vez que este foi um trabalho normalmente executado por homens. De fato, longo da história, tem sido demonstrado que as mulheres foram aquelas que mais se recusaram a se assimilar e assim, as mulheres cripto-judias desempenharam um papel importante na manutenção da fé judaica e seus costumes.

Com relação a língua hebraica, ela foi praticamente extinta. Os cripto-judeus não poderiam se arriscar a serem escutados falando ou escrevendo em hebraico. Por causa desse medo, todos os vestígios do idioma hebraico, tanto o verbal como o escrito, desapareceram nas últimas gerações dos cripto-judeus. Era perigoso demais possuir um livro de orações judaicas em casa, então, os cripto-judeus memorizaram as orações. O único texto que ainda poderiam usar era a Bíblia. Este foi aprendido literalmente. Quanto às orações, a maioria delas eram originais. Infelizmente as orações originais haviam sido perdidas com o tempo e os cripto-judeus foram forçados a criar suas próprias orações. Porque textos judaicos sagrados não poderiam ser usados, a comunidade cripto-judaica criou seus próprios livros de oração, um deles é chamado o “Manuscrito de Rebordelo” (Rebordelo é uma aldeia distante na província de Trás-os-Montes em Portugal). Dentro deste livro de orações manuscritas, haviam diferentes rezas para cada ocasião que aparentemente datam do início do século XVIII. O livro também contém uma lista de recomendações sobre como viver uma vida ética.

O casamento foi outro aspecto difícil da transformação cripto-judeu. A primeira condição era que os cônjuges deveriam ser judeus. Casamentos mistos nunca foram uma opção. Os casais não poderiam se casados por um rabino, então, eles se casavam na igreja e, em seguida, eram abençoados por um rabino. O processo de casamento era indispensável para os judeus, como era a sua única garantia da continuação da sua religião.

Se um membro da comunidade falecia, um “minian” (um grupo de 10 homens judeus) se reuniam na casa da família do falecido, o que fazia parecer que eles estavam apenas consolando os enlutados, como nas tradições de reza católica.

A alimentação foi outro problema para os cripto-judeus. Eles fizeram o máximo para manter sua alimentação “casher” (lei judaica que se refere a cada aspecto do alimento desde a preparação até o consumo). Eles se recusaram a comer carne de porco, cujo consumo está proibido pelas leis judaicas-religiosas, e até contaram para seus filhos que aqueles que comiam carne de porco seriam transformados em porcos.

O cripto-judeus também tentaram preservar o Shabat. Eles tentaram não cozinhar entre sexta-feira à noite e sábado à noite, porque isso seria violar o sábado. Eles acendiam uma vela que ficava acesa durante o sábado. A vela ficava escondida dentro de potes de barro, para que a luz não pudesse ser vista do lado de fora.

Com respeito a tradição judaica sobre a caridade, os cripto-judeus davam caridade, dando atenção especial aos pobres da sua própria comunidade, de acordo com a tradição judaica. Mas apesar de seus esforços e boas intenções, eles tinham um problema insuperável: sua conexão com o resto do mundo judaico havia sido cortada.

Sem acesso a livros judaicos, ou até mesmo a um calendário judaico, tornou-se cada vez mais difícil lembrar de todas as orações e as leis. E haviam muitos mandamentos que eles não poderiam realizar ou foram forçados a transgredir, porque o perigo era muito grande. Para compensar, ao longo do tempo, os cripto-judeus começaram a desenvolver sua própria cultura, integrando orações e costumes especiais.

O despertar dos cripto-judeus – Nos últimos anos, uma imagem nova e fascinante surgiu desses descendentes de judeus secretos que vivem hoje como cristãos, mas mantém as tradições de suas famílias que são indicações inequivocamente claras de suas origens judaicas. Apesar de que muitas gerações viveram em sigilo em relação ao seu verdadeiro patrimônio e apesar da assimilação ao cristianismo na América Latina, Espanha e Portugal, muitas famílias ainda mantém resíduos das práticas do judaismo, mesmo aqueles descendentes que ainda não têm a menor idéia sobre sua identidade judaica.

Na verdade, às vezes as primeiras indicações de ascendência judaica de um indivíduo são os seus costumes familiares. Não ter tido qualquer contacto prévio com o costume judeu, a descoberta desta herança familiar misteriosa, com base em práticas de preservação judaísmo espanhol medieval, pode ser uma revelação chocante, concentrando-se na identidade espiritual e despertando uma nova perspectiva pessoal fazendo embarcar em uma jornada muito pessoal. Até recentemente, revelações sobre essas práticas têm sido esporádicas e medidas. Até hoje, os descendentes desses judeus em países de idiomas espanhol e português instintivamente hesitam sobre compartilhar a história sobre a sua verdadeira herança judaica. No entanto, nos últimos anos devido ao acesso amplo e generalizado à Internet, permitindo pesquisas individuais, mas abrangentes dos confins do próprio lar, rapidamente estas informações se transformam em um fluxo de conhecimentos compartilhados e depoimentos. (Para compartilhar sua história de família ….)

Histórias sobre famílias que até hoje acendem velas na noite de sexta-feira, circuncidam os filhos recém-nascidos, comem pão achatado fino (matzá) na Páscoa, usam nomes bíblicos e têm tradições familiares de não comer porco ou trabalhar no sábado, estão aparecendo cada vez mais. Alimentos judaicos, tradições orais, cultura, e segredo, costumes religiosos estão aparecendo hoje no folclore, língua, hábitos e práticas dos descendentes e ultimamente, estão sendo identificados como os costumes judaicos. Em sua maior parte, essas atividades são consideradas únicas tradições familiares e membros da família não as concedem como uma identidade judaica, até que esses fatos são claramente divulgados. Muitos agora estão juntando os pedaços de sua própria família, peça por peça, pista após pista. Alguns têm memórias compartilhadas de ter ouvido um avô ou tio ou tia dizer-lhes “Somos Judios”, enquanto outras famílias continuam a manter em segredo sua ascendência ou simplesmente esqueceram o seu passado. Em algumas famílias este segredo profundo só é revelado quando algum familiar ou parente curioso empreende uma busca minuciosa em seu passado e começa a entrevistar seus parentes. [1]

II. Apelidos Judaicos – Confira: Às vezes há coisas que têm a sua graça, mesmo não tendo graça nenhuma. Um conhecido neo-nazi de apelido Machado (nitidamente de ascendência judaica) a arengar sobre a “raça ariana”, um neo-nazi menos conhecido de nome próprio Isaac (apanhado a vandalizar um cemitério judaico em Lisboa), e outros neo-nazis ainda menos conhecidos, a papaguearem alarvidades dos lagartos espaciais… Se vai andar de suástica no braço, pelo sim pelo não, veja lá se no fim de contas os seus camaradas não o mandam também para o campo de concentração onde quer ver… a sua gente. Shalom! …

Por vezes os nomes de família e as terras de origem dizem tudo, e basta uma consulta rápida em dois ou três livros de história ou genealogia sefardita para confirmar uma conversão forçada ao catolicismo ou um julgamento perante os tribunais da Inquisição. Outras vezes é preciso trabalhar mais para conseguir desenterrar o que em muitas famílias portuguesas é o mais bem guardado dos segredos. Há uma extensa bibliografia que pode ajudar a traçar esta geografia da identidade pessoal de muitos descendentes de judeus portugueses.

Aqui ficam alguns dos livros que considero fundamentais: “A History of the Marranos”, Cecil Roth; “Sangre Judia”, Pere Bonnin; “Secrecy and Deceit: The Religion of the Crypto-Jews”, David Gitlitz; “Os Marranos em Portugal”, Arnold Diesendruck; “A Origem Judaica dos Brasileiros”, José Geraldo Rodrigues de Alckmin Filho; “Dicionário Sefaradi de Sobrenomes”, Guilherme Faiguenboim, Anna Rosa Campagnano e Paulo Valadares (ver Folha Online – Dicionário viaja ao passado dos sefaradis – 06/01/2004).

A título de referência breve, aqui seguem alguns nomes de família de “cripto-judeus”, prevalentes, mas não de forma exclusiva, nas regiões da Beira-Baixa, Trás-os-Montes e Alentejo: Os Marranos em Portugal”, Arnold Diensendruck:
Amorim; Azevedo; Alvares; Avelar; Almeida; Barros; Basto; Belmonte; Bravo; Cáceres; Caetano; Campos; Carneiro; Carvalho; Crespo; Cruz; Dias; Duarte; Elias; Estrela; Ferreira; Franco; Gaiola; Gonçalves; Guerreiro; Henriques; Josué; Leão; Lemos; Lobo; Lombroso; Lopes; Lousada; Macias; Machado; Martins; Mascarenhas; Mattos; Meira; Mello e Canto; Mendes da Costa; Miranda; Montesino; Morão; Moreno; Morões; Mota; Moucada; Negro; Nunes; Oliveira; Ozório; Paiva; Pardo; Pilão; Pina; Pinto; Pessoa; Preto; Pizzarro; Ribeiro; Robles; Rodrigues; Rosa; Salvador; Souza; Torres; Vaz; Viana e Vargas.

Nomes de famílias judaicas portuguesas na Diáspora (Holanda, Reino Unido e Américas), “Raízes Judaicas no Brasil”, Flávio Mendes de Carvalho: Abrantes; Aguilar; Andrade; Brandão; Brito; Bueno; Cardoso; Carvalho; Castro; Costa; Coutinho; Dourado; Fonseca; Furtado; Gomes; Gouveia; Granjo; Henriques; Lara; Marques; Melo e Prado; Mesquita; Mendes; Neto; Nunes; Pereira; Pinheiro; Rodrigues; Rosa; Sarmento; Silva; Soares; Teixeira e Teles (entre muitos outros).

Sobrenomes judaicos de origem portuguesa na América Latina, “Os Nomes de Família dos Judeus Creolos”, estudo de Arturo Rab, publicado na revista “Juedische Familien Forschung”, Berlim, 1933: Almeida; Avelar; Bravo; Carvajal; Crespo; Duarte; Ferreira; Franco; Gato; Gonçalves; Guerreiro; Léon; Leão; Lopes; Leiria; Lobo; Lousada; Machorro; Martins; Montesino; Moreno; Mota; Macias; Miranda; Oliveira; Osório; Pardo; Pina; Pinto; Pimentel; Pizzarro; Querido; Rei; Ribeiro; Robles; Salvador; Solva; Torres e Viana

ADENDA: Nomes de família citados com maior frequência nos documentos da Inquisição, relativos a “relapsos” condenados pelo “crime de judaísmo”: Rodrigues 453 pessoas, Nunes 229 pessoas, Mendes 224 pessoas, Lopes 282 pessoas, Miranda 190 pessoas, Gomes 184 pessoas, Henriques 174 pessoas, Costa 138 pessoas, Fernandes 132 pessoas, Pereira 124 pessoas, Dias 124 pessoas.

Segue uma listagem (reduzida) de nomes de famílias judias e cripto-judias retirada do Dicionário Sefaradi de Sobrenomes: A – Abreu Abrunhosa Affonseca Affonso Aguiar Ayres Alam Alberto Albuquerque Alfaro Almeida Alonso Alvade Alvarado Alvarenga Álvares/Alvarez Alvelos Alveres Alves Alvim Alvorada Alvres Amado Amaral Andrada Andrade Anta Antonio Antunes Araujo Arrabaca Arroyo Arroja Aspalhão Assumção Athayde Avila Avis Azeda Azeitado Azeredo Azevedo. B – Bacelar Balao Balboa Balieyro Baltiero Bandes Baptista Barata Barbalha Barboza /Barbosa Bareda Barrajas Barreira Baretta Baretto Barros Bastos Bautista Beirao Belinque Belmonte Bello Bentes Bernal Bernardes Bezzera Bicudo Bispo Bivar Boccoro Boned Bonsucesso Borges Borralho Botelho Braganca Brandao Bravo Brites Brito Brum Bueno Bulhao. C – Cabaco Cabral Cabreira Caceres Caetano Calassa Caldas Caldeira Caldeyrao Callado Camacho Camara Camejo Caminha Campo Campos Candeas Capote Carceres Cardozo/Cardoso Carlos Carneiro Carranca Carnide Carreira Carrilho Carrollo Carvalho Casado Casqueiro Casseres Castenheda Castanho Castelo Castelo branco Castelhano Castilho Castro Cazado Cazales Ceya Cespedes Chacla Chacon Chaves Chito Cid Cobilhos Coche Coelho Collaco Contreiras Cordeiro Corgenaga Coronel Correa Cortez Corujo Costa Coutinho Couto Covilha Crasto Cruz Cunha. D – Damas Daniel Datto Delgado Devet Diamante Dias Diniz Dionisio Dique Doria Dorta Dourado Drago Duarte Duraes. E – Eliate Escobar Espadilha Espinhosa Espinoza Esteves Évora. F – Faisca Falcao Faria Farinha Faro Farto Fatexa Febos Feijao Feijo Fernandes Ferrao Ferraz Ferreira Ferro Fialho Fidalgo Figueira Figueiredo Figueiro Figueiroa Flores Fogaca Fonseca Fontes Forro Fraga Fragozo Franca Frances Francisco Franco Freire Freitas Froes/Frois Furtado. G – Gabriel Gago Galante Galego Galeno Gallo Galvao Gama Gamboa Gancoso Ganso Garcia Gasto Gavilao Gil Godinho Godins Goes Gomes Goncalves Gouvea Gracia Gradis Gramacho Guadalupe Guedes Gueybara Gueiros Guerra Guerreiro Gusmao Guterres. H/I – Henriques Homem Idanha Iscol Isidro Jordao Jorge Jubim Juliao. L – Lafaia Lago Laguna Lamy Lara Lassa Leal Leao Ledesma Leitao Leite Lemos Lima Liz Lobo Lopes Loucao Loureiro Lourenco Louzada Lucena Luiz Luna Luzarte. M – Macedo Machado Machuca Madeira Madureira Magalhaes Maia Maioral Maj Maldonado Malheiro Manem Manganes Manhanas Manoel Manzona Marcal Marques Martins Mascarenhas Mattos Matoso Medalha Medeiros Medina Melao Mello Mendanha Mendes Mendonca Menezes Mesquita Mezas Milao Miles Miranda Moeda Mogadouro Mogo Molina Monforte Monguinho Moniz Monsanto Montearroyo Monteiro Montes Montezinhos Moraes Morales Morao Morato Moreas Moreira Moreno Motta Moura Mouzinho Munhoz. N – Nabo Nagera Navarro Negrão Neves Nicolao Nobre Nogueira Noronha Novaes Nunes. O – Oliva Olivares Oliveira Oróbio. P – Pacham/Pachão/Paixão Pacheco Paes Paiva Palancho Palhano Pantoja Pardo Paredes Parra Páscoa Passos Paz Pedrozo Pegado Peinado Penalvo Penha Penso Penteado Peralta Perdigão Pereira Peres Pessoa Pestana Picanço Pilar Pimentel Pina Pineda Pinhão Pinheiro Pinto Pires Pisco Pissarro Piteyra Pizarro Pombeiro Ponte Porto Pouzado Prado Preto Proenca. Q – Quadros Quaresma Queiroz Quental. R – Rabelo Rabocha Raphael Ramalho Ramires Ramos Rangel Raposo Rasquete Rebello Rego Reis Rezende Ribeiro Rios Robles Rocha Rodriguez Roldão Romão Romeiro Rosário Rosa Rosas Rozado Ruivo Ruiz. S – Sá Salvador Samora Sampaio Samuda Sanches Sandoval Santarem Santiago Santos Saraiva Sarilho Saro Sarzedas Seixas Sena Semedo Sequeira Seralvo Serpa Serqueira Serra Serrano Serrao Serveira Silva Silveira Simao Simoes Soares Siqueira Sodenha Sodre Soeyro Sueyro Soeiro Sola Solis Sondo Soutto Souza. T/U – Tagarro Tareu Tavares Taveira Teixeira Telles Thomas Toloza Torres Torrones Tota Tourinho Tovar Trigillos Trigueiros Tridade Uchôa. V/X/Z – Valladolid Vale Valle Valenca Valente Vareda Vargas Vasconcellos Vasques Vaz Veiga Veyga Velasco Velez Vellez Velho Veloso Vergueiro Viana Vicente Viegas Vieyra Viera Vigo Vilhalva Vilhegas Vilhena Villa Villalao Villa-Lobos Villanova Villar Villa Real Villella Vilela Vizeu Xavier Ximinez Zuriaga

Fonte: http://judaismohumanista.ning.com/group/marranismo-anussim/forum/topics/sobrenomes-uma-busca-constante-coisas-judaicas; http://ruadajudiaria.com … [2]

Fontes: [1] Coisas Judaicas,Jorge Magalhães segunda-feira, janeiro 30, 2012: https://www.coisasjudaicas.com/2012/01/costumes-e-rituais-unicos-de-cripto.html
[2] http://amigodeisrael.blogspot.com/2014/02/apelidos-judaicos-confira.html

Coordenador: Saul S. Gefter, Diretor Executivo 19 de Iyar de 5778 – 04 de Maio de 2018

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