ROSH HASHANÁ – Estudo de 07 de setembro de 2018 – 27 de Elul de 5778

I. O Significado de Rosh HaShaná
O primeiro dia de Rosh HaShaná é o aniversário do dia em que Adão e Eva foram criados. Naquele dia, eles também pecaram ao comer o fruto da Árvore da Sabedoria do Bem e do Mal. E neste dia, D’us os julgou.

Atualmente, a cada ano, neste dia, todas as pessoas são julgadas. A decisão é feita a respeito de que tipo de ano cada um de nós terá, baseado não somente em nossas ações, mas também em nossas intenções, em nossa resolução de fazermos melhor e em nosso arrependimento.

Não pode haver um rei sem um povo. D’us criou os humanos pois Ele desejava ter criaturas para as quais dedicar sua bondade. Mas D’us não queria criaturas cujo único propósito era servir e sugar sua bondade. O bem é muito mais apreciado quando é recebido por merecimento. Então D’us nos criou, pessoas com livre arbítrio, que podem escolher o bem, e trabalhar por isso.

O maior bem que uma pessoa pode ter é um relacionamento verdadeiro com D’us. Neste mundo, esta relação significa trabalhar ao máximo para o bem. No Mundo Vindouro (Olam Habá), a relação será receber o máximo bem, não como um presente, mas como um prêmio conquistado.

Então, quando Adão e Eva foram criados, o propósito da Criação foi concretizado. (A primeira parte pelo menos: neste mundo, onde o trabalho pelo bem acontece). Não vem ao caso a história de terem comido o fruto proibido, pois isto é assunto para outro texto.

Sendo este o início da história do mundo, D’us se tornou Rei neste dia. Então, o mote de Rosh HaShaná é o Reinado de D’us.

Esta é umas das orações que dizemos em Rosh HaShaná e Iom Kipur:

Deixe nos relatar o poder da santidade deste dia, pois este é grandioso e assustador. Nele, Seu Reinado será exaltado em nossa orações, Seu trono será reafirmanda com bondade, e o Senhor sentará no trono da bondade com a verdade.

É verdade que o Senhor sozinho é quem julga, prova, conhece e presta testemunho, é Aquele que escreve e sela, conta e calcula, Aquele que lembra tudo que foi esquecido. O Senhor abrirá o Livro das Crônicas – e ele se lerá – e não haverá dúvida sobre sua veracidade.

O grande shofar será soado (no Céu), ainda mas um som leve e lento será ouvido. Anjos se apressarão, temor e terror os cercarão, e eles dirão: “Esteja atento, é o Dia do Julgamento, está nos dizendo para juntar-nos ao Guardião Celestial para o julgamento!” Pois se as pessoas da Terra forem consideradas culpadas, e esta Terra for destruída, nem mesmo os anjos serão poupados.

Toda a humanidade passará perante Ti individualmente, como membros do rebanho.

Como um pastor cuidando de seu rebanho, fazendo suas ovelhas passarem sobre seu bastão, assim o Senho fará passar, contar, calcular e considerar a alma dos vivos, e o Senhor porcionará as necessidades de Suas criaturas e escreverá seus vereditos.

Em Rosh HaShaná são inscritos, e Iom Kipur selados: quantos deixarão a Terra, e quantos serão criados; quem viverá e quem morrerá; quem morrerá em sua hora predestinada, e quem morrerá antes da hora; quem por água e quem por fogo; quem pela besta, quem pela fome, quem pela sede, quem pela tempestade, quem pelas pragas, quem por estrangulação e quem por apedrejamento. Quem irá descansar e quem irá perambular, quem viverá em harmonia e quem não, quem desfrutará de tranquilidade, e quem sofrerá, quem empobrecerá e quem será feito rico, quem será degradado, e quem será exaltado.

Mas o arrependimento, a oração e a caridade podem remover qualquer decreto do mal.

Pois Seu nome representa misericórdia, e é assim que o Senhor será louvado: difícil de se enervar, e fácil de se apaziguar, pois o Senhor não deseja a morte mesmo de alguém que a mereça, o Senhor quer que ele se arrependa e viva. Até o dia de sua morte o Senhor o esperará; se ele se arrepender, o Senhor o aceitará imediatamente.

É verdade que o Senhor é o Criador, e o Senhor sabe a inclinação das pessoas. Pois somos carne e sangue. A origem do homem é o pó, e seu destino é retornar ao pó. Sua vida é gasta para que ganhe seu pão. Ele é como um

Ele é como um ramo quebrado, grama que murcha, uma flor que desbota, uma sombra que passa, uma nuvem que se dissipa, um vento que sopra e declina, pó que voa e um sonho que desaparece. Mas o Senhor é o Rei, o D’us vivo e eterno!

Não há alcance fixo para Seus anos, e não há nenhum final ao comprimento de Seus dias. É impossível calcular a carruagem angelical de Sua glória, ou esclarecer o poder do Seu nome.
Seu nome é digno do Senhor, e o Senhor é digno de Seu nome, e o Senhor incluiu Seu nome em nosso nome.
Agir pelo poder de seu Nome, e mostrar a santidade de Seu Nome através desses que declaram a santidade de Seu Nome, pela glória de Seu Nome honrado e reverenciado, de acordo com o conselho dos Serafim (anjos sagrados), que declaram Seu Nome sagrado nos lugares mais sagrado. Assim faça esses com que esses que moram nas alturas e declaram Seu nome sagrado junto com esses que moram embaixo.

Talvez isto possa dar-lhe um gosto do sentimento e das emoções que nos tomam durante este período. A admiração e temor a D’us, e o conhecimento de que se nos arrependemos, D’us nos concederá uma vida melhor. Porque D’us quer que nos arrependamos.¹

II. O Jejum de Guedalia –
O dia seguinte a Rosh HaShana marca um Jejum de Guedalia, um dos “dias de jejum menores” no Calendário Judaico. O jejum começa de manha cedo, ainda de madrugada, e termina a noite, ao por do sol. E qual o significado desde jejum, e por que ele ocorre nos dias intermediários entre Rosh HaShaná e Iom Kipur?

A. A História de Guedalia – Depois da destruição do Primeiro Templo, há 2.500 anos atrás, a maior parte do Povo Judeu foi exilada para a Babilônia. O conquistados, Nabucodonosor, eventualmente suavizava algumas de suas duras restrições e permitia a alguns judeus permanecer na Terra de Israel. Ele até mesmo indicou um judeu justo chamado Guedalia para administrar o território. Gradualmente, mais judeus que escapavam dos horrores da guerra nos países vizinhos começou a voltar para suas casa em Israel.

Guedalia era realista em relação às limitações da soberania judaica. Ele entendia que para sua auto-preservação, os judeus em Israel precisavam cooperar totalmente com a nação que havia conquistado sua terra.

Mas esta serventia era intolerável para alguns judeus. Um homem chamado Yishmael Ben Netaniah, irritado por ciúmes contra a influência estrangeira, levantou-se e ignorou o rei da Babilônia. No terceiro dia de Tishrei, Yishmael traiçoeiramente matou Guedalia e vários outros judeus e babilônios.

B. A Resposta em Iom Kipur – Subsequentemente ao assassinato de Guedalia, os judeus temeram represálias do rei da Babilônia. Eles pensaram em fugir para o Egito para se salvarem. Mas como o Egito era uma sociedade moralmente corrompida, os judeus estão num beco sem saída — o peso do risco físico contra o perigo espiritual. Então se voltaram ao profeta Jeremias, que estava isolado em luto, para pedir aconselhamento.

Por uma semana completa Jeremias pleiteou com D’us por uma resposta. Finalmente, em Iom Kipur, foi respondido. Jeremias chamou os judeus e disse-lhes para ficar em Israel, que tudo estaria bem. D’us estava planejando fazer os babilônios agirem com misericórdia para com os judeus, e, em breve, todos os judeus exilados teriam permissão para voltar a sua própria terra. Mas, Jeremias disse, se os judeus decidissem ir ao Egito, a espada da qual eles fugiam os mataria por ali.

Infelizmente, as palavras do profeta não foram aceitas, e o povo se recusava a acreditar. Todos os judeus remanescentes em Israel empacotaram suas malas e foram para o Egito.
Eles inclusive sequestraram Jeremias e o levaram com eles. Agora a destruição estava completa; a terra de Israel estava completamente abandonada.

Pode-se imaginar o que aconteceu depois… Alguns anos depois, os babilônios conquistaram o Egito, e dezenas de milhares de judeus exilados foram eliminados. O único sobrevivente deste massacre foi Jeremias. Sua profecia tinha se transformada na dolorosa realidade.

O evento inicial – o assassinato de Guedalia – foi associada à destruição do Primeiro Templo, pois havia custado vidas judaicas e trazido fim ao estabelecimento judaico em Israel por muitos anos. Os profetas então declararam que o aniversário desta tragédia deveria ser um dia de jejum. Esta dia é o terceiro dia de Tishrei, o dia imediatamente após Rosh HaShaná.

C. Lições para O Jejum de Guedalia

1. O povo judeu tinha afundado para um de seus níveis mais baixos na história. O Templo estava destruído, a maior parte dos judeus estava exilada e tudo parecia sem esperanças. Mas D’us mudou sua situação de desespero e teve o justo Guedalia indicado. Ainda assim, Guedalia foi assassinado por um judeu e toda esperança foi destruída.

Foi neste ponto que Jeremias rezou para D’us por alguma visão e segurança. Isto foi durante os 10 dias entre Rosh HaShaná e Iom Kipur. Esta história é lembrada para nos ensinar uma importante mensagem para os nossos dias: Não importa quão longe você esteja, você pode voltar a D’us e ele lhe perdoará.

2. Os judeus que foram pedir a Jeremias um conselho estavam inconscientemente certos de que D’us lhes daria a resposta que queriam ouvir. Então, quando D’us deu uma resposta diferente, eles se rebelaram.
Ainda assim, não eram pessoas más. O que aconteceu?

Embora estes judeus eram de certa forma dependentes da vontade dos babilônios, eles não estavam dispostos a serem dependentes da vontade de D’us. A lição é que se ligar a D’us significa seguí-Lo em todos os momentos, não somente quando coincide com o que você quer.

Uma boa regra na vida, quando encaramos um dilema moral, é perguntar a si mesmo: “O que D’us diria? O que Ele quer que eu faça?”

3. Quando um judeu mata outro, é uma profunda, terrível tragédia, que pode ter enormes repercussões históricas. Não há desculpa para tal violência. Temos diferenças políticas e filosóficas? Devemos trabalhá-las com calma e tolerância. É o único caminho aceitável!²

III. ABC de Rosh HaShaná (ponto da vista ortodxo)
A oportunidade de Rosh HaShaná é importante demais para deixar as coisas ao acaso. Aqui temos pequena lista de o que você precisará saber.

A. Pré Rosh HaShaná – Um componente chave da preparação para Rosh HaShaná é pedir perdão a todos que você tenha tratado injustamente durante o ano que termina.

Na maior medida do possível, queremos começar o ano do zero – e sem ninguém que mantenha alguma pendência contra nós. Cada um deve também ser rápido em perdoar aqueles que o trataram injustamente.

Muitas pessoas tem o costume de ir para a mikvá antes de Rosh HaShaná, após o meio dia. A mikvá, que tem o poder de purificar certas impurezas espirituais, pode ser um importante passo no processo de teshuvá (arrependimento).

Alguns tem o costume de visitar o cemitério na manhã de Rosh HaShaná, e rezar no túmulo dos justos. Claro que não rezamos “para” os justos, mas para que D’us ouça nossas orações em nome deles.

Na manhã antes de Rosh HaShaná, fazemos o “Hatarat Nedarim” – anulação de todos as promessas (votos). Em termos de Torá, dizer algo simples como “Não comerei mais doces” pode ser considerada um voto ‘legal’. Portanto, antes de Rosh HaShaná, anulamos todos os votos, tendo eles sido feitos intencionalmente ou não. Isso é feito se prostrando perante três homens adultos (ou dez se possível) e pedindo para ser liberado dos votos que foram feitos. O texto da anulação pode ser encontrado num Sidur ou Machzor de Rosh HaShaná.

B. A Refeição Festiva – Durante as Grandes Festas, usa-se uma chalá redonda (chalá agulá) – simbolizando o todo e a completude. Depois da benção de “Hamotzi”, costuma-se mergulhar pão no mel – simbolizando nossas orações por um ano doce.
Então, depois de comer a maior parte da fatia de pão, pegue uma maçã, e mergulhe-a também no mel. Faça uma benção sobre a maçã (já que a maçã não é coberta pela “Hamotzi”, e coma um pedaço da maçã. Então diga “Que seja Sua vontade, D’us, renovar-nos para um ano novo bom e doce.” (OC 583) Por que pedimos por um ano “bom” e “doce”? A palavra “bom” não inclui automaticamente o “doce”?

O Judaísmo ensina que tudo acontece para o bem. É parte da vontade divina. Mesmo coisas que possam parecer “ruins” aos nossos olhos, são de fato “boas”. Então, quando pedimos a D’us que o ano seja “doce” (além de “bom”), é porque sabemos que tudo será para o bem. Então, pedimos que o “bem” também seja revelado – ie, que pareça doce para nós.

Em Rosh HaShaná, adicionamos o parágrafo “Yaale Veyavo” nas orações de agradecimento após as refeições.

C. Alimentos Simbólicos – Em Rosh HaShaná, comemos comidas que simbolizam as coisas boas que desejamos para o ano vindouro. Contemplamos o que estas comidas simbolizam, e conectamos com a Fonte de todas as boas coisas. As comidas simbólicas são baseadas num jogo de palavras, que associam o nome de uma certa comida a uma esperança em particular que temos para o novo ano. Aqui temos uma lista do Talmud de alimentos simbólicos costumeiramente comidos em Rosh HaShaná. (A palavra, e seu sentido associados estão em letras maiúsculas.)
Após comer-se ALHO PORÓ ou REPOLHO, diz-se: “Que seja sua vontade, D’us, que nossos inimigos sejam cortados.”Após comer-se beterrabas, diz-se: “Que seja sua vontade, D’us, que nossos adversários sejam REMOVIDOS.” Após comer-se TÂ MARAS, diz-se: “Que seja Sua vontade, D’us, que nossos inimigos se acabem.”
Após comer-se ABÓBORA, diz-se: “Que seja sua vontade, D’us, que os decretos de nossa sentença sejam rasgados em pedaços, e que nossos méritos sejam proclamados perante Ti.”
Após comer-se ROMÃ , diz-se: “Que seja sua vontade, D’us, que nossos méritos aumentem como as sementes da ROMÃ.”
Após comer-se CABEÇA de ovelha ou peixe, diz-se: “Que seja Sua vontade, D’us, que sejamos como a CABEÇA e não como o rabo.”
Você pode também utilizar outros alimentos, e criar seus próprios pedidos! Por exemplo, você poderia comer abacaxi, e pedir que D’us resolva todas os seus abacaxis!

D. ORAÇÕES DE ROSH HASHANA – Como há muitas rezas específicas para Rosh HaShaná, utilizamos um livro de rezas especial chamado “Machzor.”

Na Amidá e no Kidush para Rosh HaShaná, dizemos a frase Iom Teruá. Entretanto, se Rosh HaShaná cai no Shabat, substituimos por “Zichron Teruá” (se alguém inadvertidamente disse a frase errada, não é necessário repetir a reza!)

A súplica “Avinu Malkenu” deve ser dita em Rosh HaShaná, exceto quando Rosh HaShaná coincide com o Shabat, uma vez que súplicas não são ditas no Shabat. Se Rosh HaShaná cai numa sexta-feira, o “Avinu Malkenu” não é recitado no Minchá.

Durante as Grandes Festas, a cortina do Aron HaKodesh (Arca Sagrada) é trocada por uma cortina branca, para simbolizar que “nossos pecados serão limpos e brancos como a neve”.

O chazan (cantor litúrgico) para as Grandes Festas não deve ser escolhido somente por seus talentos vocais. Idealmente, o chazan deve ter mais de 30 anos, temente a D’us, conhecedor da Torá, sem recursos, e casado. Um homem estudioso da Torá com menos de 30 anos, mas com as outras características também é aceitável. Ainda assim, é preferível que um chazan não tão adequado guie os serviços para não causar mal-estar na comunidade.

Para evitar a dúvida sobre se o She-he-chei-anu deve ser dito no segundo dia do Rosh HaShaná, costuma-se comer uma frunta nova, ou vestir uma roupa nova, e dizer o Shehecheianu sobre isso. Ao dizer o Shehecheianu deve-se ter em mente as mitzvot do acendimento das velas e de ouvir o toque do shofar.

E. O SHOFAR – A mitzvá essencial de Rosh HaShaná é ouvir o som do shofar. Os toques soprados após a Leitura da Torá são chamados “Tekiot M’yushav.”

A obrigação mínima segundo a Torá é de ouvir nove toques. Entretanto, há uma dúvida se o som do shofar deve ser como gemidos de um choro (Shevarim), como um longo pranto (Teruá), ou como uma combinação de ambos (Shevarim-Teruá), portanto, tocam-se os três sons, intercalados por um toque contínuo, Tekiá. Três de cada seqüência totalizam 30 toques, o que tira qualquer dúvida de que o preceito correto da Torá foi cumprido.

É costume tocar o shofar no mesmo lugar que a Torá foi lida, para que o mérito da Torá nos suporte. O shofar deve ser tocado durante o dia.

Nos tempos antigos, quando os Romanos perseguiam os Judeus, os rabinos instituíram o shofar antes do Mussaf, uma vez que os Romanos mantinham seus guardas nas sinagogas desde cedo pela manhã.

A pessoa que toca o shofar deve permanecer em pé. Eles deve ser instruído imediatamente antes de tocar que deve ter intenção de tocar por todos os que estão ouvindo. E todos os que estão ouvindo devem ser lembrados de ter a intenção de estar cumprindo a mitzvá.

Antes de tocar, duas bençãos são recitadas: “por ouvir o toque do shofar”, e o Shehecheianu. Uma vez que as bençãos foram feitas, não se pode falar até o término do toque do shofar.

Mulheres podem soar o shofar e dizer a benção para cumprir a mitzvá. Uma criança com idade suficiente para ser educada sobre as mitzvot, tem obrigação de ouvir o shofar.

O shofar não é tocado quando Rosh HaShaná cai no Shabat.

O shofar usado em Rosh HaShaná deve ser um chifre curvo de carneiro, e mais longo que 4 polegadas. É permitido usar o shofar de um animal que não foi morto de acordo com o ritual kasher. Apenas chifre de boi, vaca ou alguma espécie de animal não kasher não pode ser usado.

Na Amidá do Mussaf, há três bençãos especiais: Malchiot (louvores a D’us, Rei), Zichronot (pedidos para que D’us lembre-se dos méritos de nossos antepassados) e Shofrot (o significado do shofar). Durante a repetição da Amidá pelo chazan, tocam-se 30 toques adicionais em diferentes combinações.

É costumer tocar 40 toques adicionais no fim do serviço, totalizando 100. O último toque costuma ser mais longo, e é chamado Tekiá Guedolá (toque grande).

F. OUTROS COSTUMES – É costume cumprimentar os outros com: “LeShaná Tová — Ktivá veChatimá Tová.”, que significa: “Por um ano bom – Que você seja inscrito e selado no Livro (da Vida).”

Deve-se evitar dormir ou fazer caminhadas em vão durante Rosh HaShaná (O Arizal permite um cochilo a tarde)

É aconselhável evitar relações sexuais, exceto se Rosh HaShaná cai na noite da imersão ritual da esposa.

Se um Brit Milá cai em Rosh HaShaná, deve ser realizado entre a Leitura da Torá e o toque do shofar.

G. TASHLICH – A reza de “Tashlich” é dita na primeira tarde de Rosh Hashana na margem de uma concentração de água, onde preferivelmente haja peixes. A reza é simbólica de que nossos pecados estão sendo mandados embora.

É claro que parece bobo pensar que você pode se livrar de seus pecados balançando seus bolsos. Mais que isso, o ponto de vista judaico é a introspecção profunda e o comprometimento com a mudança.

De fato, a idéia do Tashlich é celebrar o Midrash que contá que quando Avraham foi para a Akedat Itzchak (sacrifício de Isaac), teve de atravessar com água até o pescoço. Se Rosh HaShaná cai no Shabat, o Tashlich é adiado para o segundo dia.

Se o Tashlich não for dito em Rosh HaShaná, poderá ser dito em qualquer dia durante os Dez Dias de Arrependimento (Asseret Iemei Tshuvá).

Ambos o corpo de água e o peixe são simbologias. Na literatura talmúdica, a Torá é representada pela água. Assim como os peixes não vivem sem a água, um judeu não pode viver sem a Torá!

Também, o fato de que os olhos do peixe nunca fecham serve para lembrarnos que os olhdos de D’us também nunca fecham, e que ele acompanha todos os nossos movimentos.²

IV. O Serviço Religioso na Sinagoga
Serviço da Véspera: O serviço de Erev Rosh HaShaná consiste no Meio Kadish, Shemá, Amidá e as rezas de encerramento.

Serviço Matutino: O serviço matutino consiste do seguinte: rezas matinais, Shemá, Amidá, leitura da Torá, toque do Shofar (exceto quando em Shabat), serviço de Mussaf e Birkat HaCohanim.

Leituras da Torá:
(i) Primeiro Dia: O nascimento de Yitzchak é o tema do primeiro dia de Rosh HaShaná. Aprendemos a lição da Divina providência e onipotência. Sara, aos 90 anos de idade, dá a luz a seu primeiro e único filho, Yitzchak, quando Avraham tinha cem anos de idade. Yitzchak faz parte da Aliança entre Avraham e D’us aos 8 dias de vida.

(ii) Segundo Dia: O sacrifício de Yitzchak é o tema desta segunda leitura da Torá, e vem logo após o trecho lido no dia anterior. O sacrifício de Yitzchak representa o auge da devoção do Judeu para com D’us. Em Rosh HaShaná, quando o mundo se encolher perante o julgamento perante D’us, evocamos o sacrifício de Yitzchak, através do toque do Shofar (chifre de carneiro – remanescente do que substitui Yitzchak no sacrifício), querendo dizer: Se não tivermos nenhum outro mérito, lembre-se da devoção de Avraham. Lembre-se com o primeiro judeu, representando todas as futuras gerações de judeus, representou-nos numa Alianã de auto-sacrifício para Ti.

(iii) Haftarot (profetas):
Primeiro Dia: Lemos sobre o nascimento de Shmuel. Ambas, Sará e Hana não tinham filhos e eram estéreis, mas D’us as abençoou com um filho cada. Ambos, Yitzchak e Shmuel, foram consagrados com o serviço de D’us. Yitzchak pelo sacrifício e Shmuel como profeta.
Segundo Dia: Lemos sobre a reconstrução final do Templo Sagrado e a redenção de Israel.
d) Toque do Shofar – O serviço de toque do Shofar consiste em recitar os Salmos preparatórios, a benção sobre a mitzvá de tocar o Shofar, e os versículos de fechamento.
O mandamento primário e central de Rosh HaShaná é o toque do Shofar. Como colocado por Maimônides, o Shogar diz para cada indivíduo: “Acorde!”. Até mesmo a pessoa mais espirituasa deve atender ao chamado do Shofar.
Quando o Povo Judeu ouve o Shofar, seus corações estão abertos, atentos sobre seus pecados e arrependidos.

e) O Serviço de Mussaf – O serviço de Mussaf consiste da Amidá do Mussaf, toques adicionais do Shofar, repetição da Amidá pelo chazan, toques adicionais do Shofar, e Birkat HaCohanim

f) Birkat HaCohanim – Os sacerdotes, ou Cohanim, descendentes diretos de Aharon, o Sumo Sacerdote, devem abençoar o Povo Judeu com uma benção em três partes. É costume realizarem este dever no serviço de Mussaf dos dias festivos. Na preparação para sua benção, os Cohanim tiram os sapatos, e os Leviim ritualmente lavam suas mãos, e então, os Cohanim se reunem na frente ou na parede ocidental da sinagoga.

Durante a benção, as pessoas não devem olhar diretamente sobre os Cohanim, já que a presença Divina está sobre eles. É costume que os homens cubram seus olhos com seus mantos de oração (talit), e as mulheres se fixem em seus livros de oração.
Depois da benção, é costume agradecer aos Cohanim com as palavras Yishar Koach.

g) A Tarde – O serviço da tarde consiste nas rezas de abertura, leiruta da Torá (se Rosh HaShaná cai no Shabat), a Amidá, a repetiçao da Amidá pelo Chazan, o Avinu Makeinu (Nosso Pai, Nosso Rei), rezas de encerramento e o Tashlich.

h) Tashlich – No primeiro dia de Rosh HaShaná (ou no segundo se o primeiro cai no Shabat), é costume visitar uma fonte de água que tenha peixes. Água simboliza a bondade, e os peixes, olhos sempre abertos. O Tashlich serve para jogar na água, simbolicamente, todas os pecados ou transgressões que possamos ter feito.³

IV. Por que comemos maçã com mel?
Todos estamos familiarizados com o costume de comer maçã mergulhada em mel em Rosh Hashaná, mas poucos conhecem sua origem e motivo. A origem remonta ao sábio Abaie da Guemará, no tratado Horaiot, página 12. Abaie ressalta que determinada simbologia que preconizamos em Rosh Hashaná, especialmente na primeira noite, pode influenciar todo o ano em sua essência da maneira como destacamos esta simbologia.

A Torá nos dá um exemplo disto: quando ungimos um Rei de Israel, despejamos azeite sobre sua cabeça, e este ato faz dele um Rei de acordo com as instruções da Torá.

Quando os Reis David e Salomão foram ungidos com azeite, este fora retirado de caixinhas feitas de chifre, assim como o Shofar que tocamos em Rosh Hashaná. Entretando, quando foram ungidos os Reis Saul e Iehu, o azeite estava numa lata de azeite comum.

O chifre é algo que nasce e se desenvolve na cabeça do animal. Graças a esta simbologia, os reinados de David e Salomão perduraram, e, até os nossos dias, estamos esperando um ungido (Mashiach) da casa de David e Salomão. Contrariamente, os reinados de Saul e Iehu não perduraram pois foram sinalizados com algo que não nasce e se desenvolve (metal comum).

Assim como um sinal que fazemos quando ungimos um rei (azeite dentro de um recipiente feito de chifre) traz alguma influência sobre a continuação do seu reinado, o mesmo acontece quando sinalizamos o ano com algo simbólico.

Isto tomou forma de halachá no Shulchan Aruch e todos os alimentos que ingerimos em Rosh Hashaná tornaram-se símbolos comuns, tanto para Ashkenazim como para Sefaradim.4

V. Ficha Técnica e Reflexões
A. Asseret Iemei Teshuvá – No 1º dia do mês de Elul, Moisés subiu ao monte Sinai para pedir a Deus as novas Tábuas da Lei. A partir daí, durante 40 dias, o povo fez penitência pelo pecado da idolatria, esperando que Moisés obtivesse o perdão de D´us. Também hoje em dia, recita-se, durante 40 dias, preces especiais para implorar o perdão de D´ueus. Os dias de mais estrita penitência são os 10 últimos, do 1º ao 10º dia de tishrei – asseret iemei teshuvá.

Estes dias, em que o 1º é Rosh haShaná e o 10º é Iom Kipur, são considerados Iamim Noraim (“dias temíveis”) porque, ao se concluir o ano é necessário fazer um balanço sobre o que foi realizado, submeter-se a um juízo consigo mesmo, e comprometer-se com a teshuvá (retorno, arrependimento). Selichot (preces penitenciais, literalmente = desculpas), são recitadas durante toda a semana anterior a Rosh haShaná. Teshuvá- freqüentemente traduzida como arrependimento, na realidade significa retorno. O judaísmo enfatiza que nossa natureza essencial, a centelha divina da alma, é boa. O verdadeiro arrependimento é atingido não por meio da severa auto-condenação, mas pela percepção de que o mais profundo desejo é fazer o bem, retornar ao bem.

B. Rosh HaShaná – Rosh haShaná significa, literalmente, “cabeça do ano” e se refere à celebração do Ano Novo Judaico, iniciando as grandes festas. Cabeça do ano pois o homem também usa a cabeça (cérebro) para organizar sua vida, suas ações. O ano novo judaico celebra o aniversário da criação do mundo. É época de reavaliação da qualidade de nosso relacionamento com Deus. Quando Moisés intercedeu em favor dos hebreus (por terem cometido idolatria) o povo ouviu ressoar o shofar, que anunciava a presença de Deus. é um espaço temporal que serve para refletir e se comprometer com um plano de ação.

C. Denominações:

. O conceito de Ano Novo como é hoje, aparece na Mishná: ”O começo do calendário, no dia 1ode Tishrei”;

. Na Bíblia é o 7º mês e é denominado Iom Teruá (dia do toque do shofar) ou Zicaron Truá(recordação do toque do shofat);

. Na liturgia: Iom Zicaron (dia da recordação) e Iom ha Din (dia do juízo).

Rosh haShaná coicide com o outono (no hemisfério norte) – época em que os judeus iniciavam um novo ano agrícola (bem como os outros povos, no mesmo tempo e espaço).

A essência do ano novo judaico não é uma ocasião para o excesso e o júbilo
incontrolado. Entra-se num período de reflexão, de auto-exame e também de recordação. O símbolo principal deste evento é o toque do shofar durante o mussaf.
O shofar é como um alarme, que chama à reflexão o piedoso e, à consciência adormecida, o homem desinteressado.

D. Leis e costumes de Rosh haShaná:

1. Formula-se votos de um feliz ano novo aos próximos. Costuma-se enviar cartões com bênçãos e votos para o ano novo. Exemplos: Shaná Tová U-metuká (um ano bom e doce), Le-shaná Tová Tikatev
(que seja inscrito para um ano bom).

2. Na véspera de Rosh haShaná as mulheres acendem velas (como na véspera de Shabat) e abençoam (acender vela de Iom Tov além da brachá Shehe’heianu).

3. Veste-se roupas brancas, representando a pureza da alma.

4. Come-se comidas que representem o bem, a plenitude e a feliz renovação do ano. Um costume antigo é mergulhar um pedaço de chalá, sobre o qual se faz a brachá, não no sal e sim no mel, simbolizando a doçura do ano que vem. Judeus ashkenazim costumam assar chalot redondas representando o ano redondo (cíclico) e pleno, e judeus sefaradim costumam encher um cesto com frutas e escondê-lo, simbolizando que o ano que vem também é “oculto” e não se sabe o que trará. Há muitos que comem peixes, simbolizando que “nos multipliquemos e frutifiquemos” como peixes, cenoura, como símbolo de realização material ou melancia, representando segurança; uma cabeça de peixe,cordeiro ou cabrito – para que “sejamos cabeça e não rabo”. Quase todos comem uma maçã no mel (tapuach bedvash) – para um ano bom e doce.

5. Intensifica-se a tefilá (reza) e o estudo da Torá. Também são acrescentados trechos nas rezas, como na Amidá e no Kadish.

6. Depois do serviço da tarde do 1º dia de Rosh haShaná,
aproxima-se de um rio ou do mar e pronuncia-se: Mi El Camochá? (Quem é Deus como tu?) e se sacodem as roupas, para simbolizar o desprendimento dos pecados.

7. Se o 1º dia de Rosh haShaná cai num Shabat, cumpre-se esta cerimônia (tashlich) no 2º dia. Ela simbolicamente se refere às palavras do profeta Miquéas, cap.6: “E atirarás para as profundezas do mar todos os teus pecados…” é bom que se tenha peixes na água pois estes nunca fecham os olhos, representando a vigilância constante de Deus. Um motivo deste costume encontra-se no Midrash, que conta a lenda de quando o Patriarca Abraão estava indo sacrificar seu filho Isaac, Satã criou uma poça de água como obstáculo no seu caminho, mas Abraão continuou em frente até que a água atingisse seu pescoço. Então Abraão rezou a Deus e a água desapareceu. Em Rosh haShaná costumamos ir junto à água de um poço, rio ou mar para despertar a misericórdia divina em lembrança do sacrifício de Abraão.

8. Toca-se o shofar no 1º e no 2º dias de Rosh haShaná como mitzvá (ouvir truat shofar). Cada dia devem soar 100 toques divididos em 3 tipos: tekiá, truá e shevarim.

De acordo com o costume sefaradi, toca-se 101 toques. O shofar também está associado ao sacrifício de Isaac, que foi salvo por um cordeiro preso em seus chifres, o qual foi sacrificado em seu lugar.

9. Quando Rosh haShaná cai no Shabat não se toca o shofar.

E. O Shofar – . Primitivo chifre de carneiro. . É um dos primeiros instrumentos musicais de sopro da humanidade. . Até hoje se mantém sua forma e uso das notas tradicionais. . Seu som anuncia o ano novo e convoca ao arrependimento. Na antigüidade foi utilizado nos seguintes acontecimentos: Sobre o Sinai, na entrega das Tábuas da Lei; As muralhas de Jericó caíram com seu som; O dia em que Ehud matou milhares em Moab. Em épocas pós-bíblicas o som do shofar foi escutado; Em caso de alarme, incêndio ou inundação; Figurou magicamente na cerimônia para a chuva; Seu som convoca à reflexão e à ação de vincular-se como povo, como nação e como Estado. (Fontes: Ex30,1-10;Nm29,17;Lv25:9-16,29:34,23:24;Ez40:7;Jr8:1-11).

Tem sido usado de 3 formas diferentes através da História:

Antigo Israel (antes do Rei David): uso cotidiano para congregação do povo, marcha, convocações santas.
Período do Templo: serviços religiosos.
Tempo moderno: só em Rosh haShaná e Iom Kipur: chamado moral. Assim, o shofar até hoje anuncia o Ano Novo e convoca o povo ao arrependimento. 5

VI. Por que toca-se o Shofar em Rosh HaShaná? O Rambam (Maimônides) escreve que tocar o Shofar é um dos preceitos que está além de nossa capacidade de compreensão. De qualquer maneira, Rabeinu Saadia Gaon nos dá dez motivos para o toque do Shofar:

Rosh HaShaná marca o início da Criação, quando D’us se tornou Rei do Universo. Da mesma forma que se tocam trombetas no dia da coroaão de um rei de carne e osso, nós tocamos o Shofar para coroá-lo.
Rosh HaShaná é o primeiro dos dez dias mais propícios do ano para fazermos teshuvá. Tocamos o Shofar, pois ele comove a alma das criaturas, como um alarme que toca para que reconheçam a D’us como Rei do Universo, dizendo: “acordem de seus sonos aqueles que dormem, lembrem de seu Criador e retornem a Ele. Aqueles que se esqueceram as verdades, confundidos pelas futilidades do tempo”.

O Shofar lembra a entrega da Torá no Monte Sinai, pois a Torá conta que nesta hora pôde ser ouvido um estrondoso toque de Shofar. Desta maneira, tentamos receber sobre nós aquilo que nossos antepassados aceitaram no Sinai: “Naasê VeNishmá” – Faremos e ouviremos.

As palavras dos profetas foram comparadas ao toque do Shofar
O shofar nos lembra a destruição do Beit HaMikdash, o Templo Sagrado em Jerusalém, e os toques das trombetas que nossos inimigos soavam.

O Shofar também lembra o Sacrifício de Yitzchak, que estava disposto a entregar-se totalmente por mandamento divino, e, no último instante, foi substituido por um carneiro que tinha seus chifres presos num arbusto. Tocando o Shofar, o povo de Israel rememora o mérito de seus antepassados que deram a vida por causa da Torá.
O Shofar faz com que temamos a D’us, pois contém em si mesmo a capacidade de provocar temor.
É sábido que nos dia do Grande Julgamento serão ouvidos toques de Shofar
O retorno de todos os judeus espalhados pelo mundo para a Terra de Israel será anunciado pelo Shofar.
O Shofar nos lembra e confirma nossa crença na ressureição dos mortos, que será feita através do toque do Shofar.6

VII. Rezas sobre os alimentos ingeridos nas noites de Rosh HaShaná

Recitamos a brachá “borê pri haetz” sobre uma tâmara, saboreamos um pouquinho e recitamos:
Que seja feita sua vontade Hashem nosso D’us e D’us de nossos patriarcas, que se findem os nossos inimigos.

Recitamos a brachá “borê pri ha’adamá” sobre rubia (feijão de corda, do hebraico “aumentar = leharbot”), saboreamos um pouquinho e recitamos: Que seja feita sua vontade Hashem nosso D’us e D’us de nossos patriarcas, que se multipliquem os nossos méritos.

Antes de comer carti(alho poró) recitamos: Que seja feita sua vontade Hashem nosso D’us e D’us de nossos patriarcas, que se ralem os que nos odeiam.

Antes de comer acelga (silka em hebraico, também quer dizer “livrar-se de”) recitamos: Que seja feita sua vontade Hashem nosso D’us e D’us de nossos patriarcas, que nos livremos de nossos inimigos

Antes de comer abóbora (kera em aramaico, cujo fonema também quer dizer “rasgar” ou “ler”) recitamos: Que seja feita sua vontade Hashem nosso D’us e D’us de nossos patriarcas, que nossos maus vereditos sejam rasgados e que nossos méritos sejam lidos a sua frente.

Antes de comer maçã com mel recitamos: Que seja feita sua vontade Hashem nosso D’us e D’us de nossos patriarcas, que este ano seja bom e doce.

Antes de comer romã recitamos: Que seja feita sua vontade Hashem nosso D’us e D’us de nossos patriarcas, que se multipliquem os nossos méritos como as sementes da romã.

Antes de comer peixe (símbolo da reprodução) recitamos: Que seja feita sua vontade Hashem nosso D’us e D’us de nossos patriarcas, que frutifiquemos e multipliquemos como os peixes.

Antes de comer uma cabeça de cordeiro ou de peixe recitamos: Que seja feita sua vontade Hashem nosso D’us e D’us de nossos patriarcas, que este ano estejamos na frente e não por trás.

O compêndio rabínico Mishná Berura diz: que podemos adicionar sinais em qualquer idioma para os alimentos que comemos durante a refeição de Rosh HaShaná. Assim, se comemos carne (karni = raios de luz) podemos dizer “Que se elevem os raios de luz de Israel”; se comemos tâmara podemos dizer “tomara que Mashiach chegue logo” e para o arroz (orez = empacotar) podemos dizer “que este ano empacotemos nossos pertences e façamos Aliá para Israel”.

Não somente para os alimentos fazemos sinais em Rosh HaShaná. é um bom sinal estarmos especialmente alegres durante estes dias e não de cara amarrada e zangados. A maneira como nos sentimos durante os primeiros dias do ano reflete a maneira como nos sentiremos durante todo o ano.

Que seja feita sua vontade Hashem nosso D’us e D’us de nossos patriarcas, que este ano seja bom e doce!7

L´SHANA TOVÁ TIKATEVU VE-TECHATEMU!

Fontes:
¹ Being Jewish.com. © 2005 – netjudaica.com.br – Todos os direitos reservados
² Aish Ha Torá – © 2005 – netjudaica.com.br – Todos os direitos reservados
³ Aish HaTorá. © 2005 – netjudaica.com.br – Todos os direitos reservados
4 Rabino Moshe Bergman, Bnei Akiva, SP. © 2005 – netjudaica.com.br – Todos os direitos reservados
5 Profa. e Escritora Jane Bichmacher de Glasman, da UERJ, do ISTARJ. © 2005 – netjudaica.com.br – Todos os direitos reservados
6 Yeshiva’s Magazine. © 2005 – netjudaica.com.br – Todos os direitos reservados
7 Rabino Moshe Bergman, Bnei Akiva, SP. © 2005 – netjudaica.com.br – Todos os direitos reservados

Coordenador: Saul S. Gefter, Diretor Executivo 27 de Elul de 5778 – 07 de setembro de 2018

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