ERUV (5779) – Estudo para 16 de Agosto de 2019 – 15 de Av de 5779

I. Introdução – Um eruv (Hebraico: ירוב ) é um recinto halakhica ritualistica que algumas comunidades judaicas e especialmente comunidades judaicas ortodoxas , constroem em suas vizinhanças para permitir a atividade de hotzaah mereshut lereshut ( מלאכת הוצאה מרשות לרשות ) que é proibido no Shabat : transportar objetos do privado para os domínios públicos e transportar objetos de quatro côvados (cerca de dois metros) no domínio público. Um eruv realiza isso integrando simbolicamente várias propriedades privadas e públicas em um “domínio privado” maior, cercando-o de mechitzas , evitando assim restrições de transferência entre domínios. Muitas vezes, um grupo que constrói um eruv obtém um contrato de arrendamento para a terra requerida de um governo local.

Um eruv permite que os judeus carreguem, entre outras coisas, chaves da casa, tecidos, medicamentos ou bebês com eles, e que usem carrinhos de bebê e bengalas. A presença ou ausência de um eruv afeta, portanto, especialmente as vidas de judeus estritamente observadores com mobilidade limitada e os responsáveis por cuidar de bebês e crianças pequenas. [1]

II. O que é Eruv? Definição – No Shabat podemos e devemos fazer uma série de coisas. No entanto, D’us nos proibiu de fazer algumas tarefas ao longo do Shabat. Uma destas é a proibição de retirar um objeto de um “reshut hayachid” (‘propriedade privada’) a um “reshut harabim” (‘propriedade pública’) e vice versa. Da mesma forma, é proibido transportar um objeto em um “reshut harabim”.

“Reshut harabim” – … tem uma definição muito especifica pela Torá. Traduzir como ‘propriedade pública’ é uma forma muito generalizada. Para ser considerado um “reshut harabim” – a via precisa ter pelo menos 16 amot de largura (aprox. 8m) e atravessar a cidade de ponta a ponta. Alguns sustentam que precisam também passar todos os dias 600.000 pessoas pela via. Um via pública, ou qualquer lugar aberto público que não preenche os requisitos acima, é considerado “carmelit”. “Carmelit” é um espaço aberto (não cercado) onde não passa um público suficiente para considerá-lo “reshut harabim”. (A definição precisa de “carmelit” é muito complexa e extensa). Há algumas diferenças técnicas (veremos uma delas mais adiante), mas da mesma forma que é proibido transportar no “reshut harabim”, não se pode transportar no “carmelit”. E as nossas ruas hoje em dia? Uma vez que as ruas de cidades grandes como a nossa, não preenchem todos os requisitos para serem consideradas “reshut harabim” – ou seja, as ruas não atravessam a cidade de ponta a ponta – não são consideradas “reshutharabim”.

Conforme algumas opiniões, as ruas das cidades hoje são consideradas “reshut harabim”. Por isso, há pessoas que são rigorosas em não transportar mesmo quando há Eruv. As pessoas que seguem esta opinião, não transportam nem em Yerushalayim, nem em Benê Berak, nem em Nova Iorque. Contudo, quem segue a opinião citada anteriormente, transporta no Eruv destas cidades, assim como no Eruv dos Jardins, Jardim Paulista, Itaim-Bibi, Pinheiros e Jardim Paulistano. No que isto implica? Uma cidade que tem “reshut harabim”, não se pode transportar em vias públicas e não há nenhuma forma de permitir o transporte nas vias ao longo do Shabat. No entanto, uma cidade cujas vias são consideradas “carmelit”, estabelecendo-se um Eruv na cidade, permite que se transporte nestas vias. Muitas pessoas conhecem o conceito de Eruv, pois possuem Eruv em seus prédios.

O que é o Eruv? Eruv é uma forma de transformar uma propriedade que não é “reshut harabim”, mas no entanto é utilizada por um público (“carmelit”), em uma grande propriedade privada. Exemplo: A área comum de um prédio, não é uma propriedade privada – “reshut hayachid” – afinal pertence e circulam todos os condôminos. No entanto, esta área logicamente não se inclui nas definições de um “reshut harabim”. Por conseguinte, esta área é considerada “carmelit” – onde também não se pode transportar no Shabat nenhum objeto. No entanto, por ser um “carmelit”, por intermédio do Eruv, pode-se transformar esta área comum do prédio em um “reshut hayachid” – propriedade privada. Desta forma, passa a ser permitido transportar nesta área comum do prédio.

Como é feito o Eruv? O Eruv consiste em duas partes: 1) Manter a área cercada e delimitada. 2) Fazer uma sociedade entre todos os condôminos.

Área cercada – Uma condição básica para que um lugar possa ser considerado propriedade privada, é ser cercado. Toda a volta do lugar deve ser devidamente cercada e precisa delimitar as entradas a este local. Há muitas e muitas leis da forma que se deve cercar o local, o que é considerada uma cerca, qual a melhor forma etc. Para isso, deve-se sempre consultar uma autoridade rabínica competente. No caso de cidades, há também diversas formas de cercá-la. Uma das formas mais simples e muito utilizada em cidades Israelenses e norte Americanas – é a “tsurat hapetach”.

“Tsurat Hapetach”, o que é? “Tsurat hapetach” significa formas de porta. Ou seja, possui duas ombreiras e uma verga. Coloca-se em toda a volta da cidade formas de portas, uma ao lado da outra – cercando a cidade com portas. Pode-se fazer esta forma de porta com madeira, mas torna-se muito difícil fazer ao longo do perímetro de uma cidade que pode chegar a muitos kilometros. Por isso, geralmente utiliza-se dois postes, que tem no seu topo um prego, ou dois em formato de “V” ou um anel e um fio passa de um poste ao outro, passando pelo topo dos postes. Os postes são as ombreiras e o fio, a verga da porta. Centenas de postes com fios passando pelo topo deles, formam em torno da cidade uma cadeia de portas que cercam a cidade. Outra forma de cercar é aproveitar as próprias construções da cidade. As cercas das casas e prédios que estão no limite da cidade, servem como cerca da própria cidade. Faltando assim apenas cercar as esquinas das ruas que estão continuam para fora da cidade. Nestas esquinas, pode-se fazer o sistema de “tsurat hapetach”, colocando um poste de cada lado da rua, encostados na cerca das casas, passando o fio pelo topo destes postes.

Desta forma a cidade está cercada pelas cercas das casas e nas esquinas em torno da cidade há “tsurat hapetach”.

Sociedade entre os condôminos – A segunda condição para transformar aquela área em propriedade privada, é fazer uma sociedade entre todos os condôminos. Esta sociedade é feita com alimentos. Compra-se um pão grande (há medidas exatas na lei) que passa a pertencer a todos os condôminos. Este é deixado em um dos apartamentos, de forma que se os condôminos quiserem sentar juntos e comer uma refeição conjunta, possuem um alimento em sociedade. É muito comum se usar para este fim uma caixa de matsot, pois sua validade é extensa e pode-se mantê-la ao longo de Pêssach.

Eruv de uma cidade – Para o Eruv de uma cidade, costuma-se usar uma caixa de matsá – e esta fica geralmente na sinagoga, para que todos os moradores tenham acesso a ela. Precisa fazer Eruv na cidade inteira? Não. É permitido e possível fazer Eruv apenas em um bairro. Logicamente as pessoas precisam tomar cuidado para somente transportar nas áreas internas ao Eruv.

Se o fio partir? Se o fio que passa pelos postes de “tsurat hapetach” partir, torna-se proibido transportar nas vias do Eruv. Por isso, às sextas-feiras, um encarregado faz uma volta por todo o Eruv para verificar se este está em ordem, consertando eventuais rompimentos.

Bairros de S. Paulo que contam com Eruv – Agora além dos Jardins e Jardim Paulista, os bairros do Itaim-Bibi, Pinheiros e Jardim Paulistano também contam com um Eruv, que permite carregar (objetos permitidos, não muktsê) em vias públicas no Shabat! A BDK mais uma vez em prol da comunidade de São Paulo torna-se pioneira em estabelecer o primeiro Eruv no Brasil. Agora, em parceria com o Rabino Shalom Ber Gourarie, Rabino Yossi Schildkraut e Rabino Yossi Alpern, a BDK expandiu o Eruv. O Eruv circunda praticamente todo o quadrilátero formado pelas avenidas e ruas (não incluindo todas elas): Paulista, Juscelino Kubitschek, Marginal Pinheiros e Cardeal Arcoverde. As construções foram usadas como parte da cerca, e nas esquinas foram estabelecidas “tsurat hapetach” fechando assim a área para o Eruv. A caixa de matsot fica na residência do Rabino Havlin shelit”a. Todo o projeto foi feito sob supervisão de uma das maiores autoridades no assunto – Rabino Shmuel Havlin shelit”a.

Portanto, a partir de Shabat – Parashat Vayeshev, dia 20 de Kislêv de 5774, 23 de novembro de 2013 passa a ser permitido transportar no Shabat, em toda a área delimitada no mapa do Eruv. Logicamente que em todas demais áreas da cidade, que não tenham eruv, é proibido transportar no Shabat.

Vale ressaltar que só é permitido transportar dentro do Eruv objetos que podem ser movidos no Shabat, como roupas, alimentos, livros, chaves e brinquedos. No entanto, é proibido transportar mesmo no Eruv, objetos que são “muktsê”. Por exemplo: guarda chuva, carteira, dinheiro, caneta, celular etc. Atenção: Observe bem o mapa para saber quais ruas e esquinas fazem parte do Eruv. Ao andar nas ruas, onde se encontram as “tsurat hapetach”, observem para não transpassá-las, pois elas indicam ser o limite do Eruv. Como dependemos da autorização dos edifícios para fazer as “tsurat hapetach”, algumas esquinas ficaram fora do Eruv.

Por exemplo, a Al. Santos, entre a metade do quarteirão da rua Haddock Lobo e a rua Pde. João Manuel – está fora do Eruv. (O Hotel Renassaince está dentro do Eruv).

CUIDADO! Sempre observar onde passa o fio do Eruv! Tomar muito cuidado para não transpassá-lo carregando qualquer objeto no Shabat. Em algumas ruas o fio passa na diagonal. Prestar atenção para andar apenas na calçada interna do Eruv. Da mesma forma, tomar cuidado para andar na calçada dentro dos limites do fio. [2]

III. O que é um “eiruv tavshilin” e quando o fazemos? Ao contrário do Shabat, quando cozinhar/assar é proibido, podemos cozinhar ou assar em Yom Tov se formos consumir a comida naquele mesmo dia do feriado.
Como devemos proceder? Quando Yom Tov (os dois primeiros e os dois últimos dias de Pêssach, os dois dias deShavuot, os dois dias de Rosh Hashaná, os dois primeiros dias de Sucot,

Shemini Atseret e Simchat Torá) cai numa quinta e sexta-feira, ou numa sexta e sábado, será permitida a preparação de comida para o Shabat na sexta-feira somente se for feito um eruv tavshilin (literalmente, “a mistura de alimentos cozidos”)

Procede-se da seguinte maneira: na véspera de Yom Tov,antes do pôr-do-sol, o chefe da família separa uma porção de cada um de dois alimentos já prontos para comer, um assado (como chalá ou matsá) e um cozido (como peixe, carne ou ovo cozido) e, entregando-os para outra pessoa, recita o seguinte: Ani mezakê lechol mi sherotsê lizcot velismoch al eruv zê. Por meio deste ato], dou participação neste eruv a todo aquele que dele quiser tomar parte e depender deste eruv.

A outra pessoa levanta os dois alimentos e os devolve ao chefe da família, que recita a bênção e o texto a seguir: Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, asher kideshánu bemitsvotav, vetsivánu al mitsvat eruv. Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos, e nos ordenou sobre o preceito do eruv.

Beden yehê shára lána, laafuyê, ulvashulê, ul’atmunê, ul’adlukê sheragá, ultacaná, ulmeevad col tsorchaná, mi’Yomá Tavá le’Shabatá. Lána, ulchol. Yisrael hadarim ba‘ir hazot. Em virtude [deste eruv], será permitido assar, cozinhar e reservar [um alimento em vasilha que conserve seu calor], acender fogo [a partir de uma chama acesa desde a véspera de Yom Tov] e preparar tudo que for necessário de Yom Tov para Shabat. [Isto será permitido] a nós e a todo israelita que habita nesta cidade.

Os alimentos preparados na sexta-feira, destinados ao consumo no Shabat, deverão estar prontos antes do Shabat, com um intervalo de tempo suficiente para que, se necessário, possam ser consumidos até mesmo antes de o Shabat começar. É costume comer os alimentos reservados para o eruv tavshilin na terceira refeição [seudat hashlishit] do dia do Shabat. [3]

IV. Eruv Tavshilin – Yom Tov que caiu na véspera do Shabat – Por Rabino Arie Rojtenbarg
Eruv Tavshilin. Isto significa que toda a proibição de preparar no Yom Tov para o Shabat, é somente ao iniciar os preparativos no Yom Tov. Porém caso tenha iniciado os preparativos de Shabat na véspera de Yom Tov, é permitido continuar os preparativos no Yom Tov.

Eruv Tavshilin – Yom Tov que caiu na véspera do Shabat, é proibido fazer qualquer preparativo no Yom Tov para Shabat. A fonte desta proibição consta na Torá (Shemot 16:5): “vehaia baiom hashishi veechinu et asher iaviu – e será no sexto dia, e prepararão o que trarão”. O Talmud (Beitsá 2b), trouxe o ensinamento de Raba, que deste versículo aprendemos que os preparativos para o Shabat e para o Yom Tov, devem ser feitos somente em dias comuns (vésperas dos mesmos). Caso Shabat e Yom Tov sejam em dois dias seguidos, mesmo sendo Yom Tov na véspera de Shabat ou posterior ao Shabat, é proibido preparar nada de um dia para outro dia. No Talmud (Beitsá 15b) consta que é permitido cozinhar e fazer os outros preparativos de Shabat, caso Yom Tov caia na sexta-feira, através de Eruv Tavshilin. Isto significa que toda a proibição de preparar no Yom Tov para o Shabat, é somente ao iniciar os preparativos no Yom Tov. Porém caso tenha iniciado os preparativos de Shabat na véspera de Yom Tov, é permitido continuar os preparativos no Yom Tov. Existem certas leis e restrições neste assunto, que serão apresentadas adiante: Yom Tov que caiu na véspera de Shabat, é permitido assar ou cozinhar especialmente para Shabat, somente caso tenha feito Eruv Tavshilin na véspera de Yom Tov. Ou seja, que pegue pão e algum cozido que é comum comê-lo com pão, e recite a berachá “… asher kideshanu bemitsvotav vetsivanu al mitsvat eruv”. Em seguida, deve recitar as seguintes palavras “baseando-se neste eruv, será permitido a nós assar, cozinhar, cobrir as panelas (para que a comida não perca seu calor), acender as velas, e fazer todos os preparativos necessários no Yom Tov para o Shabat.

É necessário que o cozido preparado seja comum comê-lo com pão. Como por exemplo, carne, peixes, ovos e etc… . porém algo que de modo comum não acompanha o pão, não serve como eruv. A quantidade do cozido deve ser cazait (27g) e do pão cabeitsá (57g). Deve ser preparada uma bela porção em respeito a mitsvá, e o pão deve estar inteiro. O costume é de usar este pão na terceira refeição de Shabat (seudá shelishit), pois uma vez que foi cumprida uma mitsvá com este pão, devemos cumprir com ele outras mistvot.

A permissão de preparar no Yom Tov para o Shabat através do eruv tavshilin, é somente caso haja tempo no Yom Tov de ter proveito que foi preparado neste dia. Por exemplo, caso tenham vindo visitas que possam ter proveito dos cozidos preparados neste dia. Porém caso não haja tempo, o eruv tavshilin não serve como permissão para tais preparativos. Não será permitido assar e cozinhar através deste eruv, somente na véspera de Shabat. Porém, caso Yom Tov caia na quinta-feira e na sexta-feira, será permitido preparar para Shabat, somente na sexta-feira.

O eruv deve existir até que tenham sido preparadas, todas as preparações do Shabat. Caso o pão do eruv foi consumido ou perdido antes do término dos preparativos, é permitido continuá-los. Porém caso o cosido foi consumido ou perdido, caso tenha sobrado cazait (27g), pode continuar. Porém se nem isso sobrou não pode continuar, pois é considerado como se não tivesse feito o eruv. O rabino da cidade ao fazer seu eruv, é considerado que o fez não somente para sua família, mas também para todos os habitantes da cidade.

A pessoa que está sem o eruv: Caso o motivo foi por perca ou consumo do eruv (não sobrando cazit-27g), não pode continuar fazendo seus preparativos. A razão é que mesmo que rabino da cidade menciona que o eruv feito por ele serve para todos os habitantes, de qualquer modo a pessoa que preparou seu eruv é considerado que anunciou que não se apoia no eruv do rabino. A pessoa que esqueceu de fazer o eruv ou que houve algum motivo de força maior que impossibilitou-o de fazer o eruv, pode apoiar-se no eruv feito pelo rabino. A razão é que neste caso, não demonstrou que não se apoia no eruv do rabino. Esta permissão é somente usada em uma única vez.

Segundo a opinião do Rabino Ovadia Yossef Zts”l (Rabino em Chefe, Sefaradi, Israel), nos dois casos citados acima, é permitido apoiar-se no eruv do rabino da cidade, mesmo se tais situações aconteceram em outras oportunidades. Aquele que por preguiça ou propositalmente não o fez, não pode preparar nada do Yom Tov para o Shabat.
Orientações especiais para Yom Tov que caiu na véspera de Shabat – Como o Yom Tov cai na véspera do Shabat, é necessário tomar cuidado para iniciar a refeição do dia de Yom Tov, até 2 horas temporárias antes do pôr do sol. Pois em véspera de Shabat nos dias comuns, é proibido fixar uma refeição nesta hora, para que possa comer a comida de Shabat com satisfação e vontade. A mesma orientação é válida segundo as opiniões que comem seudá shelishit no último dia de Pessach por serem os últimos momentos de comer matsá.

De acordo com a maioria dos posskim (legisladores da halachá), no Shabat após o sétimo dia de Pessach, é permitido que os residentes na terra de Israel consumam chamets. Mesmo que algo que era considerado como muktsê na entrada de Shabat continua no Shabat sendo muktsê mesmo que o motivo desta proibição já não existe, de qualquer modo, o muktsê continua somente no caso que a proibição original é do dia posterior (como por exemplo: furtas que não cairam da árvore no início do Shabat, são proibidas de serem consumidas no Shabat, mesmo que durante o Shabat, caíram da árvore). Porém caso a proibição original seja relacionada ao dia anterior (como neste caso que na entrada de Shabat o chamêts é considerado muktsê, por causa do último dia de Pessach), durante o Shabat, este chamêts será premitido de ser consumido. Na prática, o chamêts não é consumido neste dia, pois este deve ser adquirido novamente do gentio. Aquisição no Shabat, é proibido por chachamim, para que a pessoa não chegue ao ponto de escrever os detalhes e dados de tal compra. Aqueles que em Pessach não consumem grãos (kitniot) e matsá imersa na água (matsá shruiá), podem consumi-los neste Shabat. Porém devem tomar cuidado que seus utensílios não absorvam o sabor de tais produtos, para que no próximo ano tais utensílios não esteja de acordo com seus costumes.

O shabat posterior ao sétimo dia de Pessach, em Israel é Shabat comum, e no exterior é Shabat e Yom Tov. As diferenças são: 1- nas tefilot que no exterior são tefilot de Shabat e Yom Tov, e em Israel são tefilot de Shabat comum. 2- na leitura da Torá no exterior é lida a parashá adequada ao último dia de Pessach, e em Israel é lida Parashat Shemini. A pessoa que está em Israel mesmo que pela halachá é considerado para ele o segundo dia de Yom Tov, pode subir na Torá mesmo sue para ele a parashá lida não é esta. [4]

V. Eruv Ipanema – Caso queira saber o status atual do Eruv, mande um email para kolelrio@yahoo.com.br = apresentam o Eruv Ipanema: Inicialmente pareceu até ser uma surpresa… alguns dias após o lançamento do Eruv Copacabana chegou o pedido ao Kolel Rio: “Rabino, será que é possível estender o Eruv para Ipanema???”. Não passou muito tempo e começamos o trabalho: levantar qual a área que é possível abranger, o melhor traçado, onde é necessário e viável passar fios, etc. Veja algumas fotos da preparação do Eruv aqui – B’h conseguimos concluir mais este projeto. O mapa com os limite do Eruv é o mesmo utilizado para o Eruv Copacabana (http://goo.gl/u7Ptvk), que foi atualizado para incluir o Eruv Ipanema.

… CUIDADO! Sempre observar onde está o limite do Eruv! Tomar muito cuidado para não transpassá-lo carregando qualquer objeto no Shabat. Vale ressaltar que só é permitido transportar dentro do Eruv objetos que podem ser movidos no Shabat, como roupas, alimentos, livros, chaves e brinquedos. É proibido transportar, mesmo no Eruv, objetos que são “muktsê” como guarda-chuva, carteira, dinheiro, caneta, celular, etc. Portanto, a partir desde Shabat – Parashat Kedoshim, dia 26 de Nissan 5774 (26/Abr/14), passa a ser permitido transportar no Shabat em toda a área delimitada no mapa do Eruv (todas as demais áreas da cidade que não possuam Eruv continua proibido transportar no Shabat). A caixa de matsót fica na Sinagoga Moriá (Rua Pompeu Loureiro 48). Todo o Eruv foi feito através de consultas às maiores autoridades no assunto, com hashgachá do Rabino Netanel Tzippel.

Tivemos o mérito, baruch Hashem, de convidar no final deste importante trabalho o Gaon haGadol haRav Shmuel Havlin Shlita, líder da organização de Kashrut BDK, que passou por toda a área do Eruv, de seu início ao seu fim, e verificou que todos os detalhes, do menor ao maior, estão de acordo com a lei judaica, observou todos os tsurat hapetach, e deu sua smicha, de acordo com a smicha dos sábios, e confirmou que o Eruv que fizemos é de excelente qualidade, e se pode transportar em toda a área contida nele. [5]

Fontes: [1] Wikipedia: https://en.m.wikipedia.org/wiki/Eruv
[2] Chabad: https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/2986950/jewish/O-que-Eruv.htm
[3] http://culturahebraica.blogspot.com/2013/02/significado-eiruv-tavshilin.html
[4] TV Hidabroot: https://br.hidabroot.com/article/195439/Eruv-Tavshilin—Yom-Tov-que-caiu-na-véspera-do-Shabat
[5] Kolel Rio: http://www.kolelrio.com.br/index.php/eruv-ipanema/
Coordenador: Saul Stuart Gefter 15 de Av de 5779 – 16 de Agosto de 2019

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