YOM KIPUR (5782) – Estudo para – 17 de setembro de 2021 – 11 de Tishrei de 5782

I. Significado de Yom Kipur, o dia do Perdão dos judeus, Por Sheila Bromberg

Muitos ouvem falar deste dia, mas não imaginam o que significa. Então resolvi postar esta matéria, para esclarecer a quem possa interessar.

Aqui em Israel a gente sente tudo muito à flor da pele, pois é um país judeu e, portanto, todas as festas das nossas tradições são bem comemoradas. A gente sente a religião na pele, no ar, na alma.
Um pouco de história…

Após o pecado do bezerro de ouro, Moshê (Moisés) rezou e, no dia dez do mês hebraico de Tishrei, Dus concedeu pleno perdão ao povo judeu.

Yom Kipur é o Dia da Expiação, sobre o qual declara a Torá ( escrituras religiosas judaicas conhecida como Pentateuco) : No décimo dia do sétimo mês afligirás tua alma e não trabalharás, pois neste dia, a expiação será feita para te purificar; perante Dus serás purificado de todos teus pecados.

O Yom Kipur É o dia de arrependimento para todos, para o indivíduo e para a comunidade; é o tempo do perdão para Israel.

Por isso todos são obrigados a se arrepender e a confessar os erros em Yom Kipur.

A expiação obtida através de Yom Kipur é muito mais elevada que aquela conseguida através do arrependimento, pois neste dia os judeus e D-us são apenas um. O judeu une-se com Deus para revelar um vínculo intocável pelo pecado, sem obstáculos.

A obtenção do perdão

Uma transgressão separa a pessoa de D-us. O sentimento de ser afastado de Deus age como um lembrete para o retorno, para estabelecer um vínculo mais intenso com o Criador.

O que é a expiação obtida através de Yom Kipur?

Se a expiação significa apenas a remissão da punição, seria compreensível que o próprio dia pudesse abolir a punição que de outra forma seria devida pelos pecados de alguém através do ano.

Mas a expiação, como dizemos, significa também a purificação das manchas da alma.

Três níveis no vínculo de um judeu com D-us

O pecado afeta o vínculo de um judeu com D-us, e há três diferentes níveis neste vínculo:
1 – O relacionamento estabelecido por um judeu através do cumprimento das mitsvot: a aceitação do jugo celestial por parte do judeu e sua prontidão em seguir as diretivas de Deus estabelecem um vínculo entre ele próprio e D-us.

2 – Uma conexão íntima com D-us. Como este vínculo transcende aquele forjado pela aquiescência com a vontade de D-us, permanece válido mesmo quando alguém transgride aquela vontade e por causa disso prejudica o primeiro nível do relacionamento, que a teshuvá tem o poder de purificar as manchas na alma, causadas pelo pecado – o que enfraqueceu o nível inferior da conexão.

3 – O vínculo unindo a essência de um judeu com a Essência de Deus. Isto não é restrito a nenhum vínculo, e transcende toda a expressão humana. Ao contrário dos dois anteriores, este relacionamento não pode ser produzido pelo serviço do homem a D-us, mesmo o serviço de teshuvá, pois as ações do homem, não importa quão elevadas, são inerentemente limitadas.

Como este vínculo transcende todos os limites, não pode ser afetado pelas ações do homem. Assim como não pode ser produzido pelo serviço do homem a D-us, da mesma forma não pode ser prejudicado pela omissão do serviço ou através do pecado. Pecados e máculas não podem tocar este nível.

A unidade entre o judeu e D-us

Em Yom Kipur, este vínculo entre a essência de um judeu e a essência de D-us revela-se em cada judeu – e por isso todas as manchas em sua alma causadas pelos pecados são automaticamente removidas.

Esta é a diferença entre a expiação de Yom Kipur e aquela de qualquer outra época. Na última, o pecado causa manchas na alma, e por isso a pessoa deve trabalhar ativamente para conseguir a expiação – arrependendo-se, o que produz um relacionamento mais profundo entre o homem e D-us. A maior expiação de Yom Kipur, entretanto, vem com a revelação de um vínculo tão elevado que, em primeiro lugar, nenhuma mancha pode ocorrer.

O serviço de Yom Kipur é a revelação da unidade essencial entre os judeus e seu Criador. Apenas o judeu e Deus estão lá – sozinhos.

Revelação da essência do judeu

Tal revelação é possível não apenas no Templo Sagrado, mas para todo judeu em suas preces de Yom Kipur. Este é o único dia do ano que tem cinco serviços de prece, correspondendo aos cinco níveis da alma.

Na última prece do serviço, Neilah, o quinto e mais elevado nível da alma é revelado, um nível que é a quintessência da alma. Neilah significa trancar, indicando que naquela hora os judeus estão trancados sozinhos com D-us. A essência de um judeu é mesclada e unida à essência de D-us.

Yom Kipur, então, é um dia no qual não existem fatores externos, quando apenas a essência do judeu espalha seu brilho.

Teshuvá pode erradicar o pecado e as manchas na alma; Yom Kipur transcende inteiramente o conceito de pecado e arrependimento – e por isso traz uma expiação mais elevada que em qualquer outra época.

Um dia em que todos os judeus do mundo se mobilizam, jejuando, indo às sinagogas ou simplesmente ficando em suas casas, ligados às suas crenças, cada um de sua forma.

E assim começa de fato o ano judaico de ….

Que assim todos sejam abençoados!!! [1]

Fontes: [1] http://www.jornalacontecedigital.com.br/Site3.0/produtos2ap.php?pr=23515
Coordenador: Saul Stuart Gefter 11 de Tishrei de 5782 – 17 de setembro de 2021

 

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