TU BISHVAT: O ANO NOVO DAS ARVORES (5779) – Estudo para 18 de janeiro de 2019 – 12 de Shevat de 5779

I. Introdução – O Ano Novo das Árvores é uma data sem relação com feitos históricos ou religiosos, mas que evidencia a íntima relação entre Am Israel e Érets Israel, e o amor que o nosso povo tem à natureza e, em particular, às árvores. A Diáspora, ao desarraigar Am Israel de sua terra, não conseguiu extirpar esse carinho, que permaneceu em sua memória, mesmo que vagasse por regiões onde, na época correspondente ao mês de Shevat, houvesse somente neve e frio ou sol ardente e aridez. Hoje, de volta à sua terra, o povo judeu comemora essa data plantando árvores e flores, e incutindo nos jovens um sentimento ecológico de amor ao solo e ao que ele produz. Para celebrarmos essa data, selecionamos trechos de uma obra muito especiail, confira: Na sequência do nosso calendário, encontramos agora uma data que citamos anteriormente como sendo considerada o Ano Novo das Árvores. É uma data sem relação com feitos históricos ou religiosos, mas que evidencia a íntima relação entre Am Israel e Érets Israel, e o amor que o nosso povo tem à natureza e, em particular, às árvores. A Diáspora, ao desarraigar Am Israel de sua terra, não conseguiu extirpar esse carinho, que permaneceu em sua memória, mesmo que vagasse por regiões onde, na época correspondente ao mês de Shevat, houvesse somente neve e frio ou sol ardente e aridez. Hoje, de volta à sua terra, o povo judeu comemora essa data plantando árvores e flores, e incutindo nos jovens um sentimento ecológico de amor ao solo e ao que ele produz.

O homem e a árvore – Conta-se que existiu, certa vez, um homem rico e poderoso que se julgava superior a todos os outros, em função dos bens que conseguira acumular. Habituado a ver qualquer desejo seu prontamente atendido, considerava a vida insípida e tediosa. Sua riqueza já se multiplicava sozinha, sem necessidade de sua intervenção, e ele a todos se queixava pela falta de sonhos a realizar e objetivos a alcançar. Porém, por uma reviravolta do destino, sua sorte mudou completamente e, em um espaço de tempo relativamente curto, se viu reduzido à extrema miséria. Verificou, um dia, que de sua outrora imensa fortuna só restavam duas insignificantes moedas. Amargurado, duvidando se valeria à pena continuar a viver na condição de penúria a que chegara, resolveu dar um último passeio por uma galeria de lojas e encontrar, para as duas moedas, a melhor aplicação possível. Deteve-se ante a vitrine de uma padaria que exibia grande variedade de pães e doces.

Enquanto observava esses produtos, teve sua atenção despertada pelo que se passava numa loja vizinha àquela, onde eram vendidas plantas e flores. De lá saíra um cliente, seguido pelo vendedor, que portava um vaso com uma roseira e insistia: “Compre esta roseira! Ela está muito barata. Reduzo seu preço para uma moeda.” Ao que lhe respondeu o cliente: “Não me interessa sua oferta. Estas rosas estão fenecidas e me exigiriam muito trabalho para fazê-las vicejar de novo.” O ex rico aproximou-se, examinou as raízes da roseira, que não pareciam estar estragadas, e tomou uma resolução. Com uma moeda comprou um pão e, com a outra, o vaso de rosas. Alguém que o observava e que tinha conhecimento das provações pelas quais estava passando, exclamou: “Você realmente enlouqueceu! Na situação em que você está, compreendo por que comprou o pão, mas por que desperdiçou uma moeda com esta roseira?” A resposta que recebeu foi: “Comprei o pão para sobreviver, e as rosas, para ter uma razão para viver.” Creio que a todo ser humano não basta sobreviver. Ele necessita também ter uma razão para viver. Para o povo de Israel, a Torá tem sido, através dos tempos, sua Ets Chaim, a Árvore da Vida, a razão de sua existência, a fonte onde mitiga sua sede de justiça e onde encontra alívio para os sofrimentos que o atingem. De sua seiva, recebe energia e força para não se deixar destruir e para manter, mesmo na adversidade, coragem para lutar, capacidade para buscar um futuro melhor e inspiração para sustentar a continuidade da sua inabalável fé no Eterno.

Os ensinamentos da Torá sempre fizeram com que não fôssemos arrogantes em momentos de grandeza, nem desesperançados ante os sofrimentos que nos reservou a história. Hoje em dia, por não ter tido a oportunidade de conhecer o mundo da Torá, há, entre nós, aqueles que buscam encontrar felicidade em filosofias e entretenimentos vazios de significado, que acabam por levá-los de uma frustração à outra. Como abrir, para esses, o caminho do retorno, que os possa levar a compreender a mensagem, a filosofia, os ensinamentos e o significado existencial da nossa herança espiritual? A celebração de Rosh Hashaná Lailanot – o Ano Novo das Árvores – nos traz à mente analogias entre o homem e a árvore estabelecidas por nossos sábios, que poderiam se constituir na chave necessária para abrir a porta de acesso a este caminho.

Encontramos no Pirkê Avót (livro de ensinamentos éticos) o seguinte: “A que se assemelha aquele que muito estuda, mas que pouco se aplica na prática do bem? A uma árvore de copa frondosa mas de raízes frágeis, incapaz de resistir a uma ventania mais intensa. A que se parece aquele que muito estuda e se dedica, com toda sua capacidade, a maasim tovim, a prática de boas ações? A uma árvore de copa frondosa, cujas raízes são fortes e profundas, capaz de resistir aos vendavais que a possam acossar.” O Talmud assinala que, na época do Bet Hamicdash (nosso Templo sagrado), quando nascia uma criança, uma árvore era plantada. Cresciam juntas, a criança e a árvore, e ao chegar à época do casamento, com seus galhos se faziam os suportes da chupá (pálio nupcial) sob a qual se realizaria a cerimônia. A árvore, fincando no solo raízes profundas, podia dar como fruto as hastes da chupá, simbolizando assim que a semente plantada com o casamento – o novo lar – seria forte, atravessaria galhardamente o tempo e seria frutuosa, desde que tivesse também raízes profundas. Raízes, palavra-chave para a qual apontam estes comentários!

E nossas raízes mergulham na história do nosso povo, na moral, na ética e na fé judaica, na mensagem do Sinai, nos ensinamentos dos nossos sábios, nas tradições que se mantiveram através de centenas de gerações. Raízes que se renovam e se aprofundam em cada época, e que permitiram o surgimento e a floração de novos ramos, após cada vendaval, e o reinício do crescimento, após o fogo destruidor de cada acontecimento trágico. Raízes que, plantadas pelas mãos dos pioneiros, fizeram frutificar o deserto, drenar os pântanos e tornar o bimilenar sonho de reconstrução de Israel uma realidade. Está ao nosso alcance nos ligarmos a estas raízes e buscar, no estudo da Torá, a orientação e o significado de nossa existência. Se o fizermos, alcançaremos uma permanente motivação para a vida e poderemos ser verdadeiramente comparados às árvores de raízes fortes e profundas, capazes de resistir às tempestades da vida, cujas ramagens entrelaçadas possam proporcionar sombra confortadora e vivificante, cujos frutos perpetuem a existência de Am Israel, cujo aroma evoque sentimentos de compreensão entre todos os povos, e cujo crescimento seja a expressão de bênçãos continuamente renovadas. Que a comemoração de Tu Bishvat a cada ano possa ser caracterizada não somente pelo plantio de árvores, que embelezam a natureza, mas também pela resolução – por parte daqueles que se afastaram do nosso caminho – de buscar suas raízes e plantar em seus corações as sementes que se tornarão, com o tempo, ramos da nossa Ets Chaim, a Árvore da Vida. [1]

II. MINI-GUIA TU BISHVAT

“TU” é a sigla formada, em hebraico, pelas letras “Tet” (corresponde ao nº.9) e “Vav” (corresponde ao nº.6). Como, pela tradição mística, cada letra hebraica possui um valor numérico, a combinação destas duas letras totaliza o número “15”. “Shevat” é o nome do mês que, pelo calendário judaico, ocorre no fim do inverno. “Tu B’Shevat”, então, refere-se ao 15º. dia do mês de Shevat. Neste ano, Tu Bishvat se comemora na noite de 20/01/2019 (segunda-feira) até o fim do dia 21/01/2019. Este dia é significante porque nesta época, as chuvas de inverno já caíram na Terra de Israel, vislumbrando uma época mais calorosa, com o surgimento de frutas deliciosas que lá nascem. Por esta razão, Tu Bishvat é também considerada como o Rosh Hashaná (Ano Novo) para as árvores frutíferas, ou seja, como um ano novo e um dia de julgamento. De acordo com esta tradição, em Tu Bishvat, o Eterno decide quão frutíferas as árvores serão no ano vindouro.

A Torah faz a conexão do homem à terra, conforme escrito na parashá Shofetim do livro Devarim (Deuteronômio), Cap.20 Vers.19 “o homem é como árvore do campo”. O homem é como uma árvore cuja cabeça está “enraizada” no Paraíso, abrigado nos “solos” espirituais do Eterno, e “alimentado” por sua conexão com o Criador. Seus braços e pernas são como galhos, através dos quais ele provê bons compromissos, e sobre os quais os “frutos” do seu trabalho ficam carregados (ver Pirkei Avot Cap.3 Vers.18). Portanto, em Tu Bishvat, devemos revitalizar nossas conexões com o Criador, e rejuvenescer nossos compromissos de manter as “Mitzvot”. É costume, em Tu Bishvat, comermos das sete espécies com as quais Deus louvou a terra de Israel, conforme se encontra na parashá Ekev, Cap. 8 Vers. 8, do livro Devarim (Deuteronômio) “terra de trigo e de cevada, de parreira (uva), de figueiras e de romeira, uma terra de oliveira (que dá azeite), e de mel (tamareira) ”.

É importante notar que o mel a que se refere este versículo, segundo os estudiosos, é de mel das tâmaras, e não de abelhas. De acordo com os cabalistas, o costume é de se comer 15 espécies diferentes de frutos, correspondentes ao número 15, de 15 de Shevat. O místico cabalista rabino Isac Luria, de Safed, junto com seus discípulos, criaram, no século XVI, um seder de Tu Bishvat, baseados no seder de Pessach, no qual foram dados significados simbólicos às frutas e árvores de Israel. Neste seder, bebiam-se quatro copos de vinho (como no seder de Pessach), e comiam-se várias frutas diferentes, enquanto se recitava os versículos apropriados da Torah, do Talmud e do Zohar. Os vinhos e as frutas significam os quatro mundos ou níveis de criação e da alma, muitas vezes designados como: físico (Assiah), emocional (Yetzirah), intelectual (Briah) e espiritual (Atzilut). O primeiro copo é de vinho branco, simbolizando a palidez do inverno. O segundo copo, adiciona-se vinho vermelho ao branco, simbolizando o movimento para a Criação a partir da palidez do inverno. O terceiro copo, que possui mais vinho vermelho do que branco, representando o aquecimento proporcionado pela primavera. O quarto copo é completamente vermelho, representando a força do calor do sol do verão que ocorrerá em seguida. As forças da natureza, frio e calor, inverno e verão, lutam uma contra a outra, até que o vermelho triunfa e o reino da primavera desce sobre o mundo. A nível pessoal, isto expressa nosso desejo de reacender nossa espiritualidade. Isto representa, também, a transição entre este mundo, de relativa escuridão espiritual, e o mundo vindouro, de grande luz espiritual. E as frutas são divididas em categorias representando os três mundos:Assiah, Yetzirah e Briah. O quarto mundo, Atzilut, não tem frutas representativas, porque é puro espírito, e não pode ser representado fisicamente. Vejamos como são estas categorias de frutas.

1) Assiah Lado externo não comestível e interno comestível Ex.:laranja, banana, nozes, amêndoa, româ, etc. 2) Yetzirah Lado externo comestível e interno não comestível. Ex.:ameixa, pessego, tâmara, azeitona, damasco, etc. 3) Briah Lado externo e interno comestíveis Ex.:Morango, figo, etc.

No século XX, com o crescimento do Sionismo e com a fundação do Estado de Israel, a associação de Tu Bishvat para a terra de Israel ganhou ainda mais significado. Em Israel, o dia é celebrado com cerimônias de plantio de árvores feitas pelas crianças das escolas. Na Diáspora, tanto as crianças e quanto os adultos, têm o costume de doar dinheiro ao Fundo Nacional Judaico para que sejam plantadas árvores em Israel. Um outro costume em Israel, além do plantio de árvores, é manter os caroços do etrog, que foram usados em Sucot, no freezer, até uma semana antes de Tu Bishvat, quando, então, eles devem ser colocados num algodão molhado para começarem a crescer. [2]

III. … A herança do Povo de Israel -Por que razão a Terra de Israel é guardada com tanto carinho pelo Povo Judeu? Por que Israel – este pequeno país – é o centro de tanta atenção por parte do mundo? Justamente pelo fato de que este pedaço de território, desprovido de petróleo e de água, é o centro espiritual do mundo. Quando o mundo foi criado, a terra foi imbuída de santidade. E foi justamente o nosso mundo físico, não os Céus nas Alturas, que D’us escolheu como Seu jardim, Sua morada. No entanto isto mudou quando Adão e Eva comeram do fruto proibido e, especialmente, quando Caim matou seu irmão,

Abel. A Cabalá ensina que desde que a terra absorveu o sangue de Abel, ocultando o crime de Caim e, portanto, tornando-se cúmplice do mesmo, a terra perdeu muito de seu poder espiritual. Apenas um pedaço de terra não perdeu sua santidade: a Terra de Israel, que continua sagrada até o dia de hoje. Trata-se de um lugar carregado de energia espiritual; é a terra mais abençoada de todas. Eretz Israel é tão essencial para o Povo Judeu que a história de nosso povo praticamente começou quando D’us ordenou a Abrahão, o primeiro judeu, que deixasse seu país para trás e emigrasse para uma nova terra – a Terra de Israel. Nossa história está definitivamente ligada a essa terra. De fato, enquanto os judeus eram escravos no Egito, D’us os libertou não apenas para livrá-los de seu sofrimento e para lhes dar a Torá – mas para que eles pudessem herdar a Terra que Ele prometera a nossos patriarcas. A principal narrativa de quase toda a Torá é a jornada do Povo Judeu a caminho da terra que D’us lhes prometera. Mesmo o primeiro relato do primeiro livro da Torá, Bereshit, refere-se à Terra de Israel.

O primeiro comentário escrito por Rashi, o comentarista clássico da Torá, é relacionado à Terra Prometida. Rashi pergunta: se a Torá é, antes de mais nada, um livro de leis, não deveria, pois, começar com uma delas? Por que, então, se inicia com um relato da Criação? Ao que Rashi responde: a Torá assim se inicia para nos ensinar que como foi D’us quem criou o mundo inteiro, este mundo Lhe pertence. Sendo assim, se algum dia alguém acusar o Povo Judeu de roubar a Terra de Israel, nosso povo pode responder que a recebemos como herança d’Aquele que a criou e que é O dono do mundo. Este ensinamento foi repetido pelo Arcebispo de Viena, Cristoph Schorborn, que, em visita a Israel, declarou: “Uma única vez na história da humanidade D’us escolheu um país como legado, e Ele o ofereceu a Seu Povo Eleito”.

Mas Eretz Israel representa, para o Povo Judeu, muito mais do que um mero lugar geográfico, ou mesmo do que uma pátria sagrada. A Terra de Israel é um pilar de judaísmo: o ciclo completo do ano judaico se conecta com a mesma e toda oração importante a menciona. Mas durante quase dois milênios, Eretz Israel, mencionada tão freqüentemente nas orações e festas e em praticamente todas as porções da Torá, foi, para os judeus que viviam na Diáspora, um sonho – uma terra lendária- um eldorado espiritual que as pessoas sonhavam alcançar, mas que nunca realmente esperavam conseguir atingir. Mesmo nos poemas de Rabi Yehuda HaLevi, a Terra de Israel era mais um local espiritual do que físico. E Tu b’Shvat é um dia tão especial e festivo justamente porque nesse dia conectamos a Terra de Israel lendária com a real e as celebramos, em todo o seu concretismo. Por essa razão cumprimos um mandamento sensorial – que nos manda provar os frutos mencionados na Torá como sendo típicos de Eretz Israel. Alguns judeus que vivem na Diáspora dão-se ao trabalho de importar frutos de Israel para reparti-los entre amigos na data de 15 do mês de Shvat.

O jardim de D’us – Moshé, o maior profeta de todos os tempos, o maior homem de todos os tempos, teve um desejo, e este lhe foi negado: entrar na Terra de Israel. É natural perguntar por que ele teria almejado tanto esta graça. Afinal, por que motivo, a alma mais pura de todas – o único ser humano que falou com D’us “face a face” – teria que implorar por um desejo aparentemente mundano? Uma das respostas a esta pergunta é que sendo o maior dos profetas que já existiu, Moshé sabia que certos mandamentos nem mesmo ele, o homem mais espiritual que já viveu, poderia cumprir estando fora de Israel. Muitas pessoas não conseguem entender essa obsessão que o Povo Judeu tem com a Terra de Israel.

“Se é com D’us e a Torá e os Céus que vocês se preocupam tanto, então por que vocês querem um pedaço da Terra – especialmente um pedaço que está em uma vizinhança envolvida em tanto conflito? Vocês encontrarão D’us, uma vez lá estabelecidos, montando um governo, tendo um exército poderoso tão freqüentemente em guerra? Vocês não deveriam ser o povo de D’us, o povo do Livro?” – é o que nos dizem. Talvez tais palavras não são pronunciadas em voz alta, mas elas constituem o preconceito espiritual por trás da oposição que existe contra nossa Pátria judaica. O mundo diz ao Povo Judeu que nós não temos um lugar certo na Terra, e certamente não em seu centro, porque D’us está nos Céus, ao passo que a Terra pertence à humanidade. Mas a Torá em sua inteireza – até mesmo em suas palavras iniciais – está vinculada com a Terra de Israel, porque a missão do Povo Judeu é ensinar ao mundo que D’us está na Terra tanto quanto nos Céus, e que Ele especialmente deseja ser encontrado em um lugar muito específico, bem definido da Terra. E esse lugar é Eretz Israel, com o qual o destino do Povo de Israel está inexoravelmente ligado.

A presença judaica na Terra de Israel afeta não apenas o Povo Judeu, mas a humanidade como um todo. Encontramos tanto na Torá revelada quanto na Torá oculta (a Cabalá), que todo o propósito da Criação, que será cumprido na Era Messiânica, não pode ser realizado a não ser que o Povo Judeu esteja vivendo em Israel e que o Templo Sagrado de Jerusalém tenha sido reconstruído. A presença judaica na Terra Santa representa uma progressão na história humana, significando a iminência da redenção para toda a humanidade. O mundo não estará completo – a redenção não terá vindo – a não ser que um Templo físico seja construído em Jerusalém, no lugar onde existiram os dois anteriores. Nossos Sábios ensinam que na Era Messiânica o mundo inteiro ficará imbuído com a santidade da Terra de Israel. Isto significa que a Terra ficará coberta, novamente, com a santidade Divina, como quando o mundo foi criado, originalmente. E, assim, em Tu B’Shvat, comemos frutos da terra mais especial de todas para expressar nosso amor por Eretz Israel – lugar que D’us escolheu para erguer Sua Morada – o Templo Sagrado de Jerusalém. Nesse dia abençoamos D’us e, em seguida, repartimos os frutos que nos fazem recordar o lugar mais especial na face da terra. Pois, ao fazê-lo, expressamos nossa nostalgia por aquele dia em que a paz cairá sobre Eretz Israel e sobre o mundo inteiro – o dia em que finalmente D’us poderá proclamar ao Seu mundo: “Cheguei ao Meu Jardim” (Cântico dos Cânticos, 5:1). [3]

Fontes: [1] Coisas Judaicas , janeiro 30, 2018, Escrito por Editora e Livraria Sêfer, Extraído da obra: Na Espiral do Tempo – Uma Viagem pelo Calendário Judaico, de David Gorodovits: https://www.coisasjudaicas.com/2018/01/tu-bishvat-o-ano-novo-das-arvores.html [2] Congregação Judaica do Brasil: http://www.cjb.org.br/tiferet/culto/TU_BISHVAT_2018.pdf [3] Morasha: http://www.morasha.com.br/tu-bishvat/tu-bishvat-e-a-terra-de-israel.html
Coordenador: Saul S. Gefter, Diretor Executivo 12 de Shevat de 5779 – 18 de janeiro de 2019

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