A FAMÍLIA JUDAICA (5781)- Estudo para 20 de novembro de 2020 – 04 de Kislev de 5781

I. O redescobrimento da família: uma perspectiva judaica [ As pesquisas não deixam lugar para dúvidas. No início de um novo milênio e em meio a mudanças tecnológicas vertiginosas e uma crescente perplexidade sobre qual era o futuro de uma humanidade afogada em profundas contradições, há uma instituição que, em vez de perder vigência, tem concreta relevância, cada vez maior – a família. Em um recente congresso internacional sobre a família, as contribuições das mais variadas disciplinas foram unânimes. A família cumpre, atualmente, funções decisivas nos campos cruciais para o ser humano e a sociedade.

É a principal unidade de saúde preventiva da sociedade. A atenção e cuidado com a criança na primeira infância são centrais para os níveis de saúde futuros de toda a sua vida. O desempenho educativo de crianças vindo de lares onde os pais apoiam e acompanham seus estudos é muito melhor do que o das crianças provenientes de lares enfraquecidos, desarticulados ou pouco responsáveis. O modelo de pensamento, análise e discussão recebidos no lar afetam profundamente o desenvolvimento de habilidades intelectuais importantes no mundo de hoje, como as do pensar independente e criativo. As pesquisas determinaram que o tipo de relação pai-mãe tende a ser reproduzido nos lares dos filhos. Entre outros aspectos, determinou-se que os maridos que praticam a violência doméstica, uma aberração muito freqüente no mundo atual, provêm em um percentual altíssimo de lares onde viram seus próprios pais agir desta forma.

Em uma época em que a criminalidade aumenta desenfreadamente, observa-se que o que se aprende do aspecto moral no âmbito familiar, nos primeiros anos de vida, é decisivo para que, mais tarde, o jovem caia ou não em condutas delituosas. Assim sendo, a família é percebida como o instrumento mais eficaz de prevenção do delito, a serviço da sociedade. Alguns economistas indicam, ainda, que não há nenhuma unidade produtora de serviços sociais, seja pública ou privada, que se possa comparar em eficácia à família. Esta gera serviços nutricionais, educacionais, de saúde e outros a seus membros, com a mais alta qualidade e os maiores níveis de eficiência existentes. Sempre se conheceu o papel espiritual, emocional e ético da família.

Mas agora se lhe agregam avaliações que indicam seu peso fundamental sobre aspectos concretos e básicos das sociedades, como todos os mencionados e muitos outros ainda por agregar. A instituição criada por D’us como base do gênero humano, como afirma a Torá, é hoje “redescoberta”, no início do Século 21, pelas ciências, como a unidade social mais capaz e efetiva com que conta o homem.Pode parecer que tal redescobrimento chega um pouco tarde, já que a família vivencia sérias dificuldades em diversos aspectos.

Nas sociedades ricas e nas classes altas de países como os latino-americanos, a busca desenfreada por bens materiais e de poder como objetivos finais da vida, e o consumismo exagerado, relegaram à marginalidade valores e instituições não utilitárias, entre elas a família. Esta aparece para os yuppies, e aos que visam a ascensão social, como um obstáculo, com suas mensagens morais e suas exigências de fidelidade e respeito a pais e irmãos.

Nos setores pobres da América Latina e de outras regiões, a família sofre o embate das agudas penúrias econômicas. Estima-se que de 1980 a 1996 o número de pessoas abaixo da linha de pobreza sofreu um aumento de 63 milhões. Uma vítima desse processo de pauperização foi, sem dúvida, a família. Hoje, mais de 30% dos domicílios na região ficaram sob a responsabilidade da mãe, apenas, e em sua imensa maioria, de mães humildes. O desemprego e a miséria foram determinantes na ruptura do núcleo familiar. Políticas econômicas totalmente insensíveis a suas conseqüências sobre a família foram também responsáveis por estas realidades,cada vez mais agudas. Urge fortalecer a família e, para tanto, toda a sociedade deve empenhar-se ao máximo. Sem essa fonte inesgotável de valores, afeto e contribuições diários, o futuro das gerações jovens será sombrio e o da sociedade será um grande ponto de interrogação.

O judaísmo tem idéias estruturadas a este respeito desde suas origens, e sua consagração da família como entidade pilar da vida judaica é uma das características centrais da identidade judaica. “Honrarás teu pai e tua mãe” já prescreviam os Dez Mandamentos. No texto bíblico há um alerta drástico: “Amaldiçoado seja aquele que ultraja seu pai ou sua mãe” (Devarim, 27:16). As normas básicas não deixam lugar a dúvidas nem a ambigüidades. Honrar os pais – aspecto básico da relação familiar – é um dever inevitável. As relações entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos entre si e parentes imediatos são cuidadosamente definidas, buscando assegurar a harmonia do núcleo familiar.

Maimônides ensina como devem ser as relações entre esposos: “Nossos Sábios sentenciaram que o marido deve honrar sua mulher mais do que a si próprio e amá-la como a si próprio”. Esta regra determinante foi ditada em períodos da mais virulenta discriminação entre os gêneros. Os pais, segundo prega o judaísmo, não devem favorecer um dos filhos, pois isto seria um erro. Devem, sim, cuidar da educação de seus filhos, isto é ponto pacífico, um compromisso vital básico. Os filhos, por sua vez, devem esforçar-se para dar satisfações legítimas a seus pais.

A Torá, em Gênese, assim narra o encontro de José, filho supostamente assassinado, e seu pai Jacob (Israel), após 25 anos de separação: “E aprontou José sua carroça e subiu ao encontro de Israel, seu pai. Em Goshen, se lhe apareceu diante dos olhos, atirou-se sobre seu pescoço, e chorou muito sobre seu pescoço.” (Bereshit 46:29). Os rabinos enfatizam que com a expressão “se lhe apareceu diante dos olhos”, o texto bíblico enfatiza que, apesar de tantos anos de separação, o pensamento de José estava fixo no prazer que tinha seu pai ao vê-lo. Entendeu que seu próprio prazer era secundário frente ao que sentia seu pai (citado pelo Rabino Zelig Plinskin, na obra “Ama teu próximo”). As normas judaicas alertam que um irmão não deve falar mal de seus irmãos. Estipulam expressamente a honra aos sogros, protegendo a força e a estrutura de toda a família. A sabedoria judaica se pergunta de que forma um judeu pode honrar seus pais.

Uma das respostas é: “Ocupar-se do estudo da Torá e praticar boas ações é a honra maior que um filho pode brindar a seus pais, vivos ou mortos, porque então está dito: “Quão dignos de louvor são esse pai e essa mãe que criaram semelhante filho”, (citado por Rabi Hayim Halevy, em O ser judeu). A importância atribuída pelo judaísmo a se constituir uma família é tal que no Talmud da Babilônia (Tratado Meguilá, 27a.) está escrito: “É permitido vender um rolo da Torá se isto for necessário para se celebrar um casamento”. Soam, com freqüência, em nossos dias, vozes negativas sobre a família. De forma aberta ou velada, dizem que é uma instituição fora de época, antiquada. Apregoam que os filhos, para desenvolver seu potencial, devem afastar-se ao máximo de seus pais. Alegam que há que se deixar de lado as considerações familiares na busca pela ascensão profissional. Elogiam a conduta daqueles que relegam a um segundo lugar a esposa e os filhos, em sua escalada social.

Transmitem, como definitiva, a mensagem de que há coisas mais relevantes do que a família e que esta pode, até mesmo, ser um estorvo. O argumento das fontes e a sabedoria judaica sobre a família lhes dão uma contundente resposta. A despeito de seus detratores, a instituição familiar é fonte de contribuições cada vez mais relevantes e, em muitos casos, seus vários papéis não podem ser substituídos por ninguém nem por nada. As novas pesquisas científicas sobre o especial valor da família em uma infinidade de campos práticos não fazem mais do que refletir suas excepcionais potencialidades. Mas ainda há muito mais, face aos graves problemas que afligem o ser humano neste início de um novo século, como a ausência de valores, a solidão, as dificuldades de comunicação, o individualismo exacerbado. A família aparece como um dos poucos pontos de referência confiáveis, válidos e cálidos. Como muitos outros jovens judeus de meu tempo, aprendi no seio de uma família humilde, mas transbordante de calor familiar, que, como ensinava minha saudosa mãe, Clara, Z’L, a vivência familiar, ao invés de uma exigência forçada, é uma oportunidade de realização e desenvolvimento permanente. Judaísmo e família são uma unidade. A família é uma expressão viva dos valores do judaísmo e um âmbito privilegiado para seu desenvolvimento. Esta instituição “antiquada” é uma das maiores esperanças que o homem leva em sua caminhada ao novo milênio. Abracemo-la e lutemos por ela com todas as nossas forças! [1]

II. A importância da família no judaismo – O lar judaico tem sido visto ao longo da história com admiração por sua beleza e espiritualidade e por sua influência, que enobrece os componentes da família e de toda a comunidade. No judaísmo a família sempre foi uma instituição muito importante. Para os judeus o lar sempre foi um santuário aonde a tradição é observada e praticada e ao qual os membros da família retornam, após suas atividades diárias, para renovar suas forças de modo a continuar a luta pela vida; onde os pais educam seus filhos para serem boas pessoas e bons judeus. Shabat, feriados, leis alimentares e toda a estrutura da vida judaica sempre encontraram seu baluarte no lar. O ritual busca santificar todas as atividades domésticas e transforma a morada mais humilde em um santuário de D-us. Amor e lealdade unem marido e mulher com laços praticamente indissolúveis. Os filhos, receptores de afeição ilimitada e abnegação, aprendem a mostrar amor e respeito pelos pais. O lar sempre foi o lugar da educação moral para os jovens, através do exemplo dos pais. É também onde a educação religiosa é obtida, observando as tradições para manter o sentimento judaico e proteger os valores espirituais.

Os judeus sempre apreciaram a importância e a posição central de uma família sólida, pois o judaísmo ensina que um homem e uma mulher são duas metades de um todo. Muito mais do que apenas uma sociedade ou uma equipe, o cônjuge é a “outra metade”, a alma gêmea. Juntos, esse “todo” não apenas ajuda a trazer novas vidas ao mundo, mas também eleva e educa as pessoas para que funcionem como membros construtivos da sociedade. … [2]

III – Chinuch: criando filhos Judeus ortodoxos = Há uma obrigação na Torá (Ensinamentos, em hebraico) para um pai ensina-la aos filhos. Assim que a criança começa a falar, aprende passagens-chave da Torá, como o versículo “A Torá que Moshê nos ordenou é o legado da congregação de Yaacov,” e o Shema. E a partir dali, a educação prossegue… Segundo a lei bíblica (Halacha), uma criança não é obrigada a cumprir mitsvot até atingir a idade adulta. Quem é incapaz de cumprir pessoalmente essa obrigação deve delegar a honra a um professor ou escola. Apesar disso, como um sábio certa vez proclamou: “É um dever absoluto para cada pessoa passar meia hora por dia pensando sobre a educação de Torá dos filhos, e fazer tudo que puder – e além do seu alcance – para inspirá-los a seguir o caminho ao longo do qual estão sendo guiados.” A meta é ensinar as crianças a valorizar cada mitsvá por si mesma e a conexão com D’us que ela proporciona. Embora tecnicamente a obrigação de ensinar Torá seja do pai, a educação mais eficaz é com frequência feita pela mãe. Como geralmente é ela quem passa mais tempo com os filhos e tem a vantagem de uma abordagem mais delicada de dar informação, ela está na melhor posição de transmitir moral e valores judaicos. Segundo a lei bíblica (Chalacha), uma criança não é obrigada a cumprir mitsvot até atingir a idade adulta. Apesar disso, há uma mitsvá de origem rabínica, conhecida como chinuch, de os pais treinarem seus filhos a cumprir mitsvot e evitar fazer coisas que a Torá proíbe.

A mitsvá de chinuch prescreve cada uma delas assim que a criança é capaz de cumprir aquela mitsvá. Tradicionalmente, começamos a ensinar crianças a partir dos três anos a recitar as bênçãos sobre vários alimentos e algumas preces básicas. É quando um menino começa a cobrir a cabeça e usar tsitsit, e nessa idade as meninas começam a acender velas de Shabat. Embora o método “faça e seja recompensado” seja mencionado na literatura judaica como uma técnica eficaz de chinuch, a melhor abordagem é ensinar as crianças a valorizar cada mitsvá por si mesma e a conexão que ela proporciona com D’us. [3]

IV- Por que ser judeu? ” Uma carta para meus filhos”
Queridos Judah, Micah e Aviva

Diz uma tradição judaica que os pais devem deixar aos seus filhos um tzavaah, um testamento ético no qual expressam suas preocupações e expectativas em relação a seu futuro. Este costume remonta à época de Isaac, que abençoou seus filhos Jacob e Esaú. Jacob, por sua vez, chamou seu filhos e lhes disse: “Venham juntos, para que eu possa falar-lhes sobre o que acontecerá nos dias que estão por vir” (Gênese 49:1). Eu não ouso prever o futuro, mas gostaria de lhes falar sobre o nosso futuro como judeus. Embora isso lhes possa parecer inoportuno, hoje, algum dia, cada um de vocês se perguntará “Por que ser judeu?”

Esta é uma pergunta não muito comum, pois provavelmente vocês nunca se perguntarão “Por que ser americano?” ou “Por que ser homem ou por que ser mulher”. Eu gostaria que, para vocês, sua identidade judaica fosse sempre um fator positivo. No entanto, não gostaria que deixassem de refletir sobre o seu judaísmo, da mesma maneira como refletem sobre os demais aspectos da sua vida. Tenho certeza que perceberão que sua identidade judaica envolve mais do que apenas reflexão. Vocês descobrirão que ser e permanecer judeu exigirá uma tomada de decisão e uma atuação constante. Nenhum pai pode ter certeza de que seus filhos continuarão sendo judeus. Vocês podem concluir que não há espaço em seu coração para as questões ligadas ao povo judeu. Vocês podem considerar outras tendências espirituais mais atraentes ou se satisfazer em ser seres humanos dignos. Como pais, esperamos ter construido um lar e uma vida em comunidade nos quais ser judeu será uma escolha inevitável. Sabemos, no entanto, que vocês farão a sua própria escolha, a despeito de nossa escolha como pais.

Por que ser judeu? Poderia dar-lhes várias respostas. Poderia dizer que vocês nasceram judeus, cresceram judeus e jamais conseguirão ser algo diferente. Sei que vocês podem fazer outras escolhas, inclusive uma tão séria quanto trocar sua identidade por outra. Mas, mesmo que vocês neguem sua condição judaica, haverá sempre outros para lembrá-los quem são. Vocês devem estar preparados para assumir os valores positivos do que são, pois os outros serão menos generosos. Sempre me lembro de um diálogo de Freud com um amigo judeu que não pretendia educar seus filhos de acordo com a tradição judaica.

Freud lhe disse: “Se você não deixar o seu filho crescer como judeu, você o privará de fontes de energia insubstituíveis. Ele deverá lutar como um judeu e você deve ajudá-lo a desenvolver toda a energia de que necessitará. Não lhe tire esta vantagem”. Quais são as fontes insubstituíveis mencionadas por Freud? Espero que sejam a característica judaica de superar os obstáculos, a busca pela perfeição e a capacidade de ver o mundo como este pode ser, não apenas como o é. Poderia também apelar para os sentimentos de lealdade. Pedir-lhes que não abandonem a religião que é sua desde o seu nascimento, a fé de seus pais e de seus ancestrais. Poderia dizer que o D’us do judaísmo é meu D’us e que o seu povo é o meu povo. Não acredito que o judaísmo tenha o monopólio da verdade, mas realmente me sinto próximo dos mitos sagrados do meu próprio povo.

Vejo-me perguntando quem eram meus ancestrais, quais os livros que leram e quais as suas crenças. A certeza de que refletiram sobre os mesmos temas sobre os quais reflito, de que atravessamos os mesmos rios e paramos nos mesmos pontos, dá-me um sentimento de continuidade e de pertencer que eu não encontraria em outra fé. Sei que não posso esperar que tenhamos as mesmas opiniões políticas que eu ou escolham a mesma carreira que escolhi. Então, por que devo esperar que vocês sejam judeus apenas por causa de sua herança? O mundo precisa que vocês sejam judeus. A sociedade moderna enfrenta novos e inimagináveis desafios. Do ponto de vista puramente intelectual, o judaísmo é uma das mais antigas e ininterruptas culturas da civilização ocidental. É um segredo inestimável para entender a civilização. A cultura judaica teve um papel fundamental na transmissão da cultura clássica grega e romana ao Ocidente durante o Renascimento.

Por várias vezes a literatura judaica serviu como instrumento de preservação e disseminação da tradição clássica pelo mundo. A cultura judaica é o tênue elo entre as tradições humanísticas da antigüidade e da modernidade. Reconheço que a causa principal da necessidade da sobrevivência do judaísmo está acima de qualquer explicação racional. Um judeu sabe instintivamente a importância da continuidade judaica, embora possa levar uma vida inteira para explicá-lo a si mesmo. Esta busca de respostas poderá levá-los a fazer cursos, integrarem-se a uma comunidade, visitar Israel ou apenas ler mais sobre temas judaicos. A razão mais forte para serem judeus é a satisfação que vocês podem encontrar em ser parte de tudo aquilo que compõe a vida judaica. Sei que até o momento só falei sobre as razões pelas quais eu acredito que este empreendimento que chamamos judaísmo e sobrevivência do povo judeu merece o seu apoio e o seu envolvimento.

Se os judeus não se importarem com o judaísmo, quem se importará? E se os judeus deixarem de ser judeus, quem será o representante da crença em um mundo melhor? Mas a verdadeira resposta para a pergunta “Por que ser judeu?” está vinculada a vocês enquanto indivíduos. Se vocês optarem por desistir de sua herança judaica, estarão perdendo algo que não pode ser substituído. Conduzimos nossa vida neste mundo de maneira precária. O judaísmo nos ajuda a navegar no mundo, a preenchê-lo com grandiosidade e a alcançar alguns momentos eternos. Dá-nos uma orientação espiritual que não nega a importância de cada dia e nos ajuda a elevar o mundano. Estou preocupado com a maneira como vocês viverão suas vidas. Ao transmitir-lhes a fé de nossos antepassados, faço-o com a esperança de que vocês usem o potencial que D’us lhes deu para tornar a vida extraordinária. Ser judeu é ser eterno caçador das infinitas maneiras pelas quais podemos realizar D’us em nossas vidas. Um provérbio chassídico incentiva-nos a nos concentrarmos em dois pensamentos: que o “mundo foi criado por minha causa” e que “eu nada sou além de pó e cinzas”.

Quando nos sentimos pequenos e insignificantes, devemos lembrar que fomos criados à imagem e semelhança de D’us, e que o mundo foi criado por nossa causa. Quando nos sentimos poderosos, devemos lembrar da nossa mortalidade. O objetivo máximo de nossa vida é ser a manifestação de D’us no mundo. Acreditamos que D’us é o ideal supremo ao qual aspiramos em nossa vida diária, em nossas práticas religiosas, em nosso aprendizado e nossas preces. O mundo mais elevado é o mundo ao qual aspiramos, mas também é aquele que só podemos realizar em nosso íntimo, em nossos relacionamentos e em nossa comunidade. Alcançar a realidade transcendental, acima de nós mesmos, é o objetivo espiritual do judaísmo. Meus filhos, esse é o meu tzavaah, meu testamento ético. Lembrem-se, sua vida é como um livro. Escrevam nele o que vocês querem que seja conhecido sobre vocês. Com amor, Seu pai [4]

Fontes: [1] Morasha, Edição 62 – Setembro de 2008: http://www.morasha.com.br/etica/o-redescobrimento-da-familia-uma-perspectiva-judaica.html
[2] Sinagoga sem fronteiras, RabinoVentura e JacqueVentura: https://www.facebook.com/sinagogasemfronteiras/posts/1678782035636474/
[3] https://culturahebraica.blogspot.com/2018/04/chinuch-criando-filhos-judeus.html
[4] https://judeusbrasil.blogspot.com/2011/08/por-que-ser-judeu-uma-carta-para-meus.html
Coordenador: Saul Stuart Gefter 04 de Kislev de 5781 – 20 de novembro de 2020

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *