QUANDO ACONTECEM COISAS RUINS AS PESSOAS BOAS (5778) – Estudo de 12 de janeiro de 2018 – 25 de tevet de 5778

I. Por que coisas ruins acontecem a pessoas boas? Por Rabino Yanki Tauber, baseado nos ensinamentos do Lubavitcher Rebe

I.Esta é provavelmente a pergunta mais antiga na história do pensamento humano. Com toda a certeza é a mais perturbadora, a que mais se faz e a que menos satisfatoriamente é respondida: Por quê, por quê, coisas ruins acontecem a pessoas boas? Todos fazem esta pergunta – filósofos, teólogos, açougueiros, padeiros e fabricantes de velas. Ninguém consegue realmente respondê-la.

A Bíblia devota os 41 capítulos do Livro de Job a este tema, oferecendo diversas explicações interessantes somente para refutá-las todas, chegando finalmente à conclusão que o homem finito não pode entender os caminhos de D’us. Para muitos, o protesto contra o mal é algo que nasce quando a pessoa se encontra com o sofrimento na vida. Para um verdadeiro líder que sente a dor de seu povo como se fosse sua, é um grito insondável brotando do poço aparentemente sem fundo do sofrimento humano. Não demorou muito para Moshê (Moises) lançar aquele grito. Logo depois que D’us apareceu a ele na sarça ardente para designá-lo como libertador de Israel, Moshê estava de volta. E Moshê retornou a D’us, dizendo: “Meu D’us, por que fizeste mal a esse povo?! Por que me enviaste? Pois desde que procurei o Faraó para falar em Teu nome, ele tem sido ainda pior com esta nação; e Tu não salvaste o Teu povo!” (Shemot 5:22-23). E qual foi a resposta de D’us? Espere só mais um pouco e verá que no fim tudo dará certo. Palavras encorajadoras, especialmente quando vindas do próprio D’us; porém ainda nenhuma resposta para a suprema dúvida. Foi uma falha da parte de Moshê, quando ele protestou pela maneira de D’us agir? Uma rápida leitura das explicações do Talmud e Midrash sobre o diálogo de Moshê com D’us sugeriria que foi. Moshê é criticado por não ter fé equivalente à fé inquestionável dos Patriarcas, por alguns padrões, ele chega a ser punido por sua declaração. Porém uma regra fundamental do ensinamento da Torá é “a Torá não fala de maneira negativa nem mesmo de um animal impuro”, a menos que haja uma lição positiva, construtiva, a ser derivada. Então com que finalidade a Torá nos relata a “falha” de Moshê? Alguns diriam que isso foi para ensinar que mesmo homens notáveis, como Moshê, podem ter dúvidas e desespero.

O Lubavitcher Rebe, no entanto, tem uma abordagem diferente. O protesto de Moshê a D’us, diz o Rebe, não foi uma falta de fé, mas um ato de fé da mais alta ordem. De fato, a pergunta/protesto/desabafo: “Por que Tu fizeste mal a Teu povo?!” pode brotar apenas da boca de um verdadeiro líder. Aquele que não crê, também, pode sentir-se ultrajado pela crueldade e sofrimento que existe em abundância no mundo, mas justamente com quem ele está ultrajado? As voltas cegas do destino? O deus alheio e impessoal da lei física e do processo evolutivo? O arranjo aleatório das ocorrências que formam o universo? Mesmo pessoas que acreditam em D’us não estão necessariamente propensas a confrontá-Lo como fez Moshê. Elas podem não acreditar que Ele é realmente responsável por tudo que ocorre no mundo. Podem não estar convencidas de Sua suprema bondade. Podem pensar que é inútil protestar a Ele, pois Ele na verdade não Se importa com aquilo que eles sentem a respeito disso. Ou talvez tudo esteja perfeitamente bem em suas vidas, e o que está acontecendo ao resto do mundo simplesmente não lhes diz respeito. Aquele que verdadeiramente acredita, por outro lado, sabe que tudo que acontece é porque foi ordenado lá do Alto.

Ele sabe que D’us é a essência do bem e que somente o bem flui d’Ele. E sabe também que o homem pode falar com D’us e esperar uma resposta a suas súplicas. Portanto, pode apenas clamar: “Meu D’us, por que fizeste mal a Teu povo?!” É isso que devemos aprender com Moshê. Devemos falar a D’us, confrontá-Lo, perguntar a Ele: “Por que existem mal e sofrimento em Teu mundo?” Não sabemos o suficiente para compreender a resposta; devemos, no entanto, acreditar e nos importar o suficiente para fazer a pergunta. [1]

II. Por que coisas ruins acontecem com pessoas boas? Por Rebbetzin Feige Twerski, Lutando com a velha pergunta: Por que coisas ruins acontecem com pessoas boas? É uma velha pergunta: Por que as pessoas boas sofrem e as más prosperam? Pensadores e filósofos de todas as gerações, como também todas as pessoas afligidas pelas causas da existência, se esforçaram para encontrar claridade sobre esse assunto. Moisés, que era profeta, pediu a D’us, “Me mostre o Seu rosto,” representado por “Deixe me ver como as coisas realmente são” e a resposta de D’us foi, “Nenhum ser humano nesta vida pode ver ou apreender o significado dos Meus caminhos.” Porém, D’us mostrou a Moisés Suas costas, insinuando que somente o futuro, ou seja, após os acontecimentos, que Ele proverá significado, coerência e perspectiva a tudo. Existem momentos em nossa vida em que nos sentirmos como se estivéssemos suspensos, à beira de um abismo, quando o mundo parece estar se movendo incontrolavelmente, jogando uma porção de eventos em nós que nos ameaçam.

O rei David, no livro de Salmos, clama a D’us dizendo, “Quando Você esconde Seu rosto, sou lançado neste estado de confusão, a ponto de perder a capacidade de suportar.” Em outro lugar ele exclama, “E é só quando Você derrama Sua luz que as coisas se esclarecem, que nosso estado é iluminado.”

DOR E DICERNIMENTO – Eu corri para o hospital onde minha querida amiga Debbie tinha acabado de dar a luz a um bebê com Síndrome de Down. Assim que entrei em seu quarto fui saudado pelo que parecia ser uma reação de contradições — lágrimas que caiam de seus olhos e ao mesmo tempo um grande sorriso que iluminava seu bonito rosto. “Eu nunca teria escolhido ou pedido este desafio,” ela francamente admitiu, “mas se D’us estava procurando por uma casa amável e doce para esta pequena alma, Ele achou o lugar certo.” A resposta repentina de Debbie, se confrontando contra a adversidade, mostra sua atitude corajosa, baseada na fé. Admite que houve a dor e pesar, mas simultaneamente reconhece e concorda com a vontade de D’us, o Onisciente, o Conhecedor de todos os Seres, cuja sabedoria insondável dirige e orquestra tudo o que ocorre em nossas vidas. A fé não elimina o sofrimento, mas provê uma perspectiva de significado e propósito para as coisas.

O senhor Bertrand Russel, filósofo e agnóstico famoso, em uma conversa com um clérigo, afirmou que não acreditava na existência de um D’us num mundo em que uma criança chorava de dor. O clérigo respondeu que, assim como ele, não acreditava em um mundo em que uma criança chore de dor e não exista nenhum D’us para justificar tudo isto.

Obviamente o homem paga suas dívidas em vida. A dor é a sina inevitável da condição humana. A fé não elimina o sofrimento, mas provê uma perspectiva de significado e propósito para as coisas. Permite que tomemos conhecimento que, embora os caminhos de D’us sejam freqüentemente impossíveis de se entender , além de nossa compreensão, não são arbitrários ou caprichosos. Eles seguem Seu plano para o destino final do ser humano, o que leva em conta passado, presente e futuro.

Somente um Ser que não seja circunscrito e limitado ao tempo, pode ver o retrato inteiro. Todos nós existimos numa fatia pequena do tempo, fora do contexto, e só temos acesso a um segmento minúsculo do quebra-cabeça enorme que fará sentido somente quando todos os pedaços forem colocados em seu lugar.

PROCURANDO O SIGNIFICADO NO SOFRIMENTO – Meu sogro, de santificada memória, gostava de contar a história de um homem que foi injustamente encarcerado por muitos anos nos tempos do Czar, na Rússia. Antes de começar seu encarceramento, implorou ao guarda para lhe dar algo construtivo para fazer durante sua longa e solitária estadia na prisão. O guarda apontou para uma roda na parede da cela completamente vazia. Ele aconselhou o prisioneiro a girar a roda, de modo que, de acordo com o guarda, ativaria um sistema de irrigação que faria florescer árvores e vegetação. Por 20 anos o prisioneiro girou a roda incansavelmente imaginando seus magníficos jardins, resultado de seu trabalho duro. Depois de passado muito tempo, ele foi libertado. Seu primeiro pedido foi para ser levado aos jardins, produto de seus muitos anos de incansável trabalho de girar a roda. Os guardas então riram arrogantemente de sua ingenuidade e lhe disseram que a roda que tinha girado todos aqueles anos não era conectada a nada. Ao ouvir esta terrível notícia o prisioneiro imediatamente caiu e morreu. O calabouço e a prisão de muitos anos não destruíram seu espírito, mas não poderia sobreviver sabendo que todos aqueles anos não serviram para nenhum propósito. Realmente, se o sofrimento não tem nenhum significado, a vida é reduzida para nada mais, além de uma piada cruel, e não vale nada o esforço exigido para viver no dia-a-dia.

Como Nietzsche uma vez disse, “Aquele que tem uma razão para viver sobrevive de qualquer modo.” Existem momentos em que, inicialmente, os eventos parecem ser trágicos ou menos desejáveis, e a história abaixo prova que este é um ímpeto para o crescimento e o desenvolvimento, realmente uma bênção para a vida. Miriam, uma mulher jovem, muito bonita, que foi afetada por uma doença debilitante e terminal, expressa sua gratidão ao fim de sua longa luta. Ela fez com que a deixassem fazer o que quisesse de sua vida. Antes de sua enfermidade, se encontrava totalmente distraída. Sacudida pela série de acontecimentos, ela ficou sóbria e foi forçada a achar um caminho construtivo de existência e significado dentro dela.

O Sfat Emet (Rabino Yehudah Aryeh Leib Alter, Polonia, 1847–1905), um comentarista Chassidico, explica o conceito de D’us à procura de homem. Ele o vê expressado pelas conseqüências sofridas por Adão e Eva em seu fatal engano de comer da Árvore do Conhecimento. A dificuldade aparente na narrativa é a de por que a serpente, que foi a responsável por atrair o homem a fazer o ato, foi simplesmente condenada para uma vida de rastejar com sua barriga e a comer somente o pó, enquanto que o destino humano, depois disso, seria de trabalho duro e infinita labuta. “Pelo suor de sua testa você comerá o pão,” e “com dor você deve dar a luz” seriam seus destinos. É justo que aquele que cometeu o pecado, a serpente, deveria ser posta à vida, levando-se em conta o fato de que o pó pode ser encontrado em todos os lugares, enquanto os descendentes de Adão e Eva teriam que lutar em todos os aspectos da existência, isto é, para se sustentar, para criar as crianças, etc.?

O Sfat Emet sugere que a serpente realmente sofreu o último castigo. Ela comeria o pó que está sempre presente e, deste modo nunca mais precisaria responder ou falar com D’us sobre seus atos. Ela nunca teria que erguer sua cabeça ao céus para perguntar a D’us por qualquer coisa. Na realidade, D’us a rejeitou e nunca mais quis ouvir falar sobre ela. Em contraste, Adão e Eva e sua descendência inevitavelmente encontrariam os desafios para se alimentar e educar seus filhos. Seus esforços, em última instância, os motivariam a buscar e pedir a D’us, que deseja ter uma relação amorosa com cada um de nós. Não existe destino pior que do que o afastamento de D’us. Freqüentemente, a adversidade pode ser um catalisador poderoso para a conexão com D’us. Miriam entendeu que sua enfermidade, mesmo sendo dolorosa e desafiadora, era um convite, um despertar, um telefonema de seu amoroso Criador, que a forçou a parar para pensar e avaliar sua vida, entender que estava no caminho errado. No final das contas, deu a ela a oportunidade de, depois de procurar muito por sua alma, criar uma ligação com a fonte de sua vida, o Criador.

O ACIDENTE DE MEU GENRO – Meu genro, Rabino Elimelech Eliezer Ben Hena Fraydel, um Rosh Yeshivá (diretor de um Centro de Estudos americano), estava em Israel, a caminho de Tzfat para conduzir um Shabat inspirador para seus alunos. Ele estava num ônibus fretado com 60 de seus estudantes de rabinato, quando o motorista adormeceu, colidindo num inválido veículo do exército, que estava se preparando para entrar na estrada, e foi lançado pelo pára-brisa. Ele sofreu um dano pesado no cérebro e quatro meses mais tarde ainda estava inconsciente. Ele é pai de 12 crianças. Minha filha, Baila, não o acompanhou nesta viagem porque estava no começo de uma gravidez. O rabino Elimelech Eliezer é um mentor para milhares de pessoas. Sua Yeshivá é um exemplo sem igual, um modelo de aprendizado e vivência de todos os aspectos da vida com paixão. Ele é uma imponente figura, muito alta, cuja presença e brilho traziam uma notável alegria e energia onde quer que fosse. “Gevaldig” (incríveis), era sua resposta pronta e consistente para toda investigação sobre como as coisas estavam indo. No final das contas, ele não sabia onde estava indo quando partiu em sua viagem. Nenhum ser humano, não importa o quão grande e poderoso seja, pode predizer as circunstâncias de suas vidas. Só D’us sabe e está sob Seu comando. Porém, o que podemos controlar são nossas respostas em relação ao que ocorre conosco.

A habilidade de resposta – a habilidade de escolher nossa resposta — é sempre nossa prerrogativa. Victor Frankl, em seu trabalho de logoterapia, afirma que até nos campos de concentração, onde a morte era inevitável, havia uma escolha de como se morreria, se era com dignidade e compaixão pelos outros, ou se revoltando contra D’us, comportando-se desumanamente em relação aos outros. A vida nos apresenta diariamente muitos desafios e os recursos de uma pessoa está nas respostas que escolhemos. Alguém habilmente observou que a vida de todo mundo já está escrita de uma forma ou de outra, em uma prisão de limitações. O desafio está então em fazer o que nós focalizamos nas grades que nos confina, ou devemos passar por elas e chegar mais além?

TRANSFORMANDO A FERIDA – Um rei, nos tempos antigos, possuía um diamante de incomparável beleza. Era o seu tesouro mais estimado. Em tempos de festa, ou quando ele hospedava hóspedes estrangeiros, orgulhosamente exibia seu diamante. Em uma destas ocasiões, quando tirava o diamante da caixa, este caiu no chão e sofreu um feio corte que severamente arruinaria sua extraordinária beleza. O rei, com o coração partido ,anunciou que a pessoa que consertasse seu estimado diamante teria todos os seus pedidos concedidos por ele. Mas se ele falhasse, seriam sumariamente executado. Artesãos vieram de todos os lugares, mas ao observarem a extensão do dano, se recusaram a tentar. Finalmente um artesão concordou em se empreender na arriscada tarefa. Ele foi provido com um quarto e as ferramentas requisitadas e depois de muito tempo apresentou o diamante para o rei. O rei, ao olhar a peça, deu um suspiro. O diamante ainda tinha o volumoso corte, mas o artesão o transformou em um talo e ao redor dele esculpiu pétalas que formavam uma magnífica flor. Tão surpreendente quanto o diamante era antes, agora ele estava muito mais primoroso e bonito.Existem pessoas entre nós que são capazes de pegar as feridas da vida e transformá-las em recursos internos, as transformando em forças que as fazem pessoas mais profundas, compreensivas e com mais compaixão do que podiam ter sido caso contrário.

Mas uma observação deve ser feita. Deve-se tomar nota de que pegar a estrada principal não significa que nós negamos a dor, ou que olhemos para aqueles que estão aflitos e esperamos deles uma devoção total e virtuosa, ou de sermos passivos ao que ocorre com o próximo. Nosso papel é fazer tudo que podemos para minimizar o sofrimento e o infortúnio de nossos semelhantes. Quando outra pessoa está em crise não é o tempo apropriado para ensinar a fé. Melhor, deve-se aliviar a situação, oferecendo nossos recursos sentimentais, materiais e espirituais.

Alguns pontos para sobrevivência em tempos de crise (D’us nos livre) estão abaixo:

1.Tome cuidado com a pergunta “por que”. Isto é, Por que D’us fez isto comigo? Por que devo passar por isto? Estas perguntas freqüentemente não nos levam a parte alguma. Talvez uma abordagem mais construtiva seja mudar a pergunta do estilo de “por que” para uma pergunta como “qual e o que”. Dadas as circunstâncias, qual é o meu papel? O que D’us quer que eu faça? Qual deve ser minha resposta? Quais metas devo colocar para mim mesmo para sobreviver fazendo disto uma experiência de crescimento?

2. ‘Se Deixe ir e deixe com D’us — a base de todos os programas de 12 passos. Renunciar a ilusão de controle pode ser muito libertador. A advertência de um psicólogo, é que, em muitas instâncias quando as pessoas ‘se entregam a D’us,’ elas passam a ter algumas expectativas de como as coisas deveriam ser. Quando não encontram, perdem rapidamente suas esperanças na capacidade de D’us e voltam para trás. Sua atitude parece ser a de que “eu me entregarei a D’us, desde que Ele faça as coisas do meu modo.” Embora “virar a página”, ou melhor, “recomeçar”, possa soar fácil, é realmente um ato de profunda confiança no qual as pessoas cedem o controle para algo nunca visto antes e, para muitos, incerto. Às vezes, o resultado não é um caminho conveniente, indolor ou claro em direção a resolução do problema, e sim uma longa e sinuosa estrada. ‘ Se Deixe ir e deixe com D’us ‘ é uma frase cativante, mas a verdade é que muitos de nós simplesmente não tem a fé e a coragem para dar um passo mais longo, ou seja, um pulo em algo do qual ainda não têm certeza.

3. A fé é uma resposta aprendida. Não é algo natural a uma pessoa ou uma revelação. Deve se trabalhar duro para desenvolver sua fé. É uma disciplina interna. A palavra em hebraico para fé é ‘emunah’, que compartilha uma raiz com a raiz, ‘emun’, que quer dizer treinar. A alma deve treinar para alcançar uma resposta significante. E Isto é feito ao se relacionar com pessoas que são um modelo de fé, grupos de apoio, experiências, lendo materiais, fitas e tendo uma orientação apropriada. A introspecção e meditação podem ser muito úteis.

4. O poder da oração. A oração e a leitura de Salmos são ferramentas poderosas para cultivar o laço mais significante de todas as relações — nossa conexão com D’us. Somente esta conexão nos dará forças para navegar nos testes e tribulações da vida. Muitos Cabalistas e rabinos intuíram que o acidente do meu genro foi orquestrado por D’us a fim de evocar orações mundiais a seu favor. Precisamente, como era amado e honrado nos corações de tantos, foi escolhido para unir as orações de judeus em todos lugares para D’us. Toda pessoa pode começar onde está, e construir pouco-a-pouco seu dia a dia. Os sábios do Talmud nos ensinam que o verso no livro de Zachariá, “Naquele dia o Todo-poderoso será Um e Seu Nome será Um,” se refere ao tempo em que todos os pedaços do quebra-cabeça estiverem em seu devido lugar, e a luz esclarecedora de D’us iluminará a escuridão. Atualmente, em nossos tempos, nós recitamos duas bênçãos separadas. Quando eventos bons acontecem, nós recitamos, “Santificado é Você, D’us, Que é bom e faz o bem.” Porém, se a natureza do evento é morte ou infortúnio (D’us nos livre), nós declaramos, “Santificado é Você, o Justo Juiz.” Em nosso mundo de ilusão, isto é o melhor que podemos fazer em meio à dor, ao sofrimento, à perda, e à tragédia. Mas, no futuro próximo, quando formos os beneficiários desta última luminosidade, só haverá uma bênção para tudo, agradecendo a D’us por tudo que é bom. Nós entenderemos então por que todas as coisas tiveram que ser como foram e como são, e que desde o princípio elas foram, em última instância, para nosso bem. Que este dia chegue rapidamente em nossos tempos. [2]

Fontes: [1] Chabad: http://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/608844/jewish/Por-que-Coisas-Ruins-Acontecem-a-Pessoas-Boas.htm

[2] http://www.coisasjudaicas.com/2015/06/por-que-coisas-ruins-acontecem-com.html

Coordenador: Saul S. Gefter, Diretor Executivo

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